
Não é brincadeira não. A guinada protecionista do governo Biden com aquelas tarifas de importação sobre produtos brasileiros – aço, alumínio, você name it – está dando um calafrio na espinha do agronegócio nacional. A conta, pasmem, já passa da casa dos R$ 10 bilhões em prejuízos. Um baque e tanto.
E é justamente esse turbilhão de questões urgentes que a OAB-SP resolveu botar na mesa num evento recente. A coisa é séria, e o tom dos debates mostrou que o tempo de apenas reclamar já ficou pra trás. Agora é hora de ação.
O Xadrez dos Minerais Estratégicos
Enquanto isso, nos bastidores do poder, outro assunto fervilha: a nossa riqueza escondida em minerais críticos. O Brasil não é só grão e carne, gente. Temos nióbio, lítio, cobre, terras-raras… uma verdadeira Arábia Saudita de minerais essenciais para a transição energética global.
Mas, cá entre nós, será que estamos sabendo jogar esse jogo? A pergunta que fica no ar é se temos uma estratégia coesa ou se estamos apenas vendendo pedra sem agregar valor. A discussão na OAB foi justamente sobre como transformar essa potencialidade geológica em poder geopolítico e desenvolvimento real para o país.
Entre Ameaças e Oportunidades
O evento reuniu um caldeirão de especialistas – gente do direito, economistas, representantes do agro. A mensagem que ficou? A de que o Brasil precisa acordar rápido. De um lado, a ameaça clara das barreiras comerciais que podem estrangular nossas exportações. De outro, a janela de oportunidade dourada que os minerais críticos representam.
É um daqueles momentos decisivos, sabe? Ou a gente se organiza, define regras claras, investe em tecnologia e vira um player global nesse novo tabuleiro, ou vamos continuar na mesmice de exportar commodity bruta e chorar as barreiras dos outros.
O recado da OAB-SP foi direto: o tema é complexo, urgente e não pode ficar restrito a meia dúzia de técnicos em Brasília. É debate para a sociedade. O futuro económico do país pode muito bem depender das decisões que tomarmos – ou deixarmos de tomar – agora mesmo.