
Pois é, galera! A partir desta sexta-feira (1º de agosto), aquele abastecimento de rotina pode ficar um pouquinho diferente. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) decidiu aumentar o percentual de etanol na gasolina comum — e isso vai mexer com o bolso e com o tanque dos motoristas.
O que muda na prática?
Antes a mistura era de 27% de etanol. Agora? Salta para 30%. Parece pouco, mas a conta não é tão simples assim. Quem já dirigiu carro flex sabe: etanol queima mais rápido. E aí, será que vai compensar?
Os especialistas divergem. Alguns dizem que a diferença no consumo será quase imperceptível — coisa de 2% a 3%. Outros garantem que, no longo prazo, o motorista vai sentir no bolso. "Depende muito do pé do dono", brinca o mecânico Carlos Alberto, de São Paulo, enquanto ajusta uma injeção eletrônica.
E o preço?
Aí é que está o pulo do gato! Teoricamente, o etanol é mais barato que a gasolina. Mas como o Brasil tá vivendo uma montanha-russa de preços, ninguém arrisca um palpite. "Pode cair um pouco, pode ficar na mesma... Ou subir, porque o Brasil gosta de surpresas", filosofa a economista Renata Moura, entre uma xícara de café e outra.
- Prós: potencial redução de custos para as distribuidoras
- Contras: possível aumento no consumo (e nas visitas ao posto)
- Wild card: safra de cana-de-açúcar este ano foi boa, o que ajuda
Ah, e atenção: essa mudança não vale para a gasolina premium, que mantém os 27% de sempre. Coisa de "gente fina", como diria minha avó.
E o meio ambiente?
Parece contraditório, mas aumentar o etanol pode ser uma faca de dois gumes. Por um lado, reduz emissões — o álcool é mais "limpo". Por outro... Bem, todo mundo sabe como anda o desmatamento para plantar cana. "É preciso equilíbrio", defende o ambientalista Marcos Ribeiro, enquanto mostra fotos de áreas devastadas no Cerrado.
Enquanto isso, nas ruas, o povo se pergunta: será que meu carro 2010 vai aguentar? Oficinas mecânicas já reportam aumento nas consultas sobre ajustes no sistema de combustível. "Melhor prevenir", aconselha o dono de uma autoelétrica na Zona Leste paulistana, que prefere não se identificar.