Frigoríficos em MS param produção após taxação de 50% dos EUA — entenda o impacto
Frigoríficos em MS param após taxação de 50% dos EUA

Parece que o jogo virou para os frigoríficos de Mato Grosso do Sul. De repente — e sem aviso prévio — os Estados Unidos decidiram aumentar em 50% as taxas sobre a carne brasileira. Resultado? Várias empresas simplesmente paralisaram as atividades. E olha que não foi por falta de aviso: o setor já vinha sentindo o caldo engrossar há meses.

"É um tiro no pé", comenta um gerente industrial que preferiu não se identificar. "A gente exporta toneladas, gera emprego, movimenta a economia... e agora isso?" A frustração é geral. Afinal, MS é um dos maiores exportadores de proteína animal do país.

O que isso significa na prática?

Para você ter ideia:

  • Pelo menos 3 grandes frigoríficos já anunciaram a suspensão temporária
  • Estimativas apontam prejuízos na casa dos R$ 500 milhões só neste trimestre
  • O preço da carne pode subir no mercado interno (sim, a gente sempre se ferra)

E não pense que é só problema de empresário. Os funcionários estão com o pé atrás — alguns já receberam aviso de "férias coletivas" que cheiram a demissão em massa. "Tá feio", resume uma trabalhadora da linha de abate, enquanto acende um cigarro do lado de fora da fábrica.

E os Estados Unidos?

Bem... a justificativa deles é "proteção ao mercado interno". Mas todo mundo sabe que tem dedo de lobby agrícola americano aí. Afinal, quem ganha com isso? Os produtores de carne bovina de lá, claro. Convenientemente, a medida veio logo após um aumento na produção deles.

O Ministério da Agricultura brasileiro já se manifestou — com aquela linguagem diplomática que não promete nada — dizendo que "busca diálogo". Enquanto isso, os frigoríficos de MS mordem a língua e contam os prejuízos.

E você, acha que isso vai afetar o churrasco do final de semana? Aposto que sim... mas talvez demore um pouco para sentir no bolso. Ou não — com essa crise, nunca se sabe.