Café brasileiro no olho do furacão: EUA podem impor tarifas e abalar mercado global
EUA podem taxar café do Brasil e abalar mercado mundial

Parece que o nosso ouro verde está prestes a virar moeda de guerra comercial. Os Estados Unidos — aquele país que não vive sem sua xícara matinal — estão de olho no café brasileiro com uma tesoura na mão. E não é para cortar fitinha de inauguração.

Fontes próximas ao Departamento de Comércio americano revelaram que há um "dossiê cafezinho" sendo preparado. A questão? Possíveis subsídios que distorceriam o mercado internacional. Será mesmo? Ou é só mais uma daquelas jogadas protecionistas que a gente já conhece?

O bule está fervendo

Se essa medida sair do papel — e tudo indica que pode sair —, preparem-se para:

  • Aumento nos preços do café nos EUA (o consumidor americano que se segure)
  • Redirecionamento das exportações brasileiras (Ásia e Europa podem ganhar mais peso)
  • Pressão sobre os produtores nacionais (quem planta café sabe como é)

Não é de hoje que o Brasil — maior produtor mundial — vira alvo. Em 2023, foram 35 milhões de sacas exportadas. Um número que dá água na boca de qualquer economista, mas que também acende luzes amarelas nos concorrentes.

E os pequenos produtores?

Aqui entra o calo. Enquanto os grandes grupos podem até se virar, o pessoal da agricultura familiar — aquele que colhe com as próprias mãos — pode sofrer o baque. "É como jogar xadrez com as peças amarradas", diz um produtor de Minas que prefere não se identificar.

Curiosidade: Minas Gerais responde sozinha por mais de 50% da produção nacional. Alguém avisa os americanos que mexer com café no Brasil é quase como mexer com futebol?

Efeito dominó à vista

Analistas do setor já fazem suas apostas:

  1. Primeiro movimento: os EUA anunciam as tarifas
  2. Reação imediata: Brasil recorre à OMC (e aí começa o vai-e-vem jurídico)
  3. Longo prazo: outros países podem seguir o exemplo americano

No meio disso tudo, o consumidor final — seja em Nova York ou em Tokyo — paga a conta. Literalmente. Um café espresso que hoje custa US$ 3 pode virar US$ 4,50. Quem aguenta?

Ah, e tem outro detalhe: 2025 é ano de renovação de contratos de exportação. Coincidência? Difícil acreditar...