
Parece que a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) decidiu dar um belo de um furo na primeira reunião do comitê que vai tentar apagar o incêndio do tarifaço. E olha que o assunto é quente — literalmente, considerando o preço da gasolina queimando os bolsos de todo mundo.
Enquanto o governo montava a mesa de debates nesta terça-feira (16), com representantes de vários setores, a cadeira da CNA ficou vazia. Será que esqueceram de marcar na agenda? Ou será que estão preferindo resolver as coisas nos bastidores?
O que está em jogo?
Para quem não tá ligado no assunto — e olha que deveria, porque isso afeta até o preço do pãozinho — o tal do tarifaço virou um pesadelo para produtores rurais. Imagine só: os custos com combustíveis subiram tanto que muitos agricultores estão pensando em trocar o trator por uma carroça. Brincadeiras à parte, a situação é séria.
- Diesel mais caro = frete mais caro
- Frete mais caro = alimentos mais caros
- Alimentos mais caros = inflação lá em cima
E nesse círculo vicioso, quem se ferra é o consumidor final — ou seja, você.
E agora, José?
Sem a CNA na mesa, fica a dúvida: como ficam os interesses do agronegócio nessa briga? Afinal, estamos falando do setor que representa quase um quarto do PIB brasileiro. Será que vão deixar outros setores decidirem sozinhos?
Por outro lado, tem quem diga que a ausência foi estratégica. "Melhor não queimar o filme logo de cara", comentou um analista que preferiu não se identificar. A verdade é que ninguém quer ser o vilão da história — ainda mais em ano de eleições municipais.
Enquanto isso, nos postos de gasolina, o consumidor continua pagando a conta. Literalmente. E o comitê? Bem, o comitê marca nova reunião. Torçamos para que da próxima vez todas as cadeiras estejam ocupadas.