
Quem diria que uma cidade no coração da Amazônia se tornaria o novo eldorado do agronegócio brasileiro? Pois é exatamente isso que está acontecendo em Boa Vista, onde o AgroBV 2025 acabou de escrever um capítulo dourado na história econômica da região.
Com números que deixariam qualquer descrente de queixo caído, o evento fechou contratos que ultrapassam a marca estratosférica de R$ 100 milhões. Não é pouca coisa para um estado que muitos ainda insistem em ver apenas pelo viés da floresta - como se aqui só existisse mata e mais nada.
O pulo do gato econômico
Diferente de outras feiras que se limitam a expor produtos, o AgroBV inovou ao criar rodadas de negócios que pareciam mais um jogo de xadrez corporativo. Empresários de Rondônia negociando com investidores paulistas, produtores locais fechando acordos com compradores internacionais - tudo isso regado a muito café forte e aquele calor humano típico do norte do país.
"A gente sabia que tinha potencial, mas esses números nos surpreenderam até a alma", confessou um organizador do evento, ainda meio atordoado com o sucesso. E não era para menos: foram mais de 150 expositores transformando o local numa verdadeira feira das vaidades do agronegócio sustentável.
Tecnologia e tradição de mãos dadas
O que mais chamou atenção dos especialistas foi a combinação peculiar entre técnicas ancestrais e inovações de ponta. De um lado, indígenas apresentando sistemas agroflorestais que seus avós já usavam. De outro, startups mostrando drones que mapeiam plantações com precisão cirúrgica.
- Máquinas agrícolas adaptadas para o solo amazônico
- Sistemas de irrigação que economizam até 70% de água
- Projetos de pecuária de baixo carbono que são a nova sensação do setor
E olha que interessante: enquanto em outras regiões do país o debate sobre sustentabilidade ainda engatinha, aqui em Roraima ele já anda de moto - e com capacete, por favor.
Efeito dominó na economia local
Os hotéis? Lotados. Os restaurantes? Com fila na porta. Os taxistas? Nem se fala - tiveram que correr para atender a demanda. O evento foi um verdadeiro presente para o comércio de Boa Vista, que viu suas vendas dispararem como fogos de artifício no réveillon.
Mas o melhor vem agora: os organizadores garantem que esse é só o começo. Com os contatos feitos durante a feira, novos negócios devem brotar nos próximos meses como capim depois da chuva. E aí, será que Boa Vista vai mesmo se consolidar como a nova capital do agronegócio amazônico? Tudo indica que sim - e com direito a reviravoltas dignas de novela das nove.