
Parece que a Vale está com a corda no pescoço — e dessa vez não é por causa de desastre ambiental. A Advocacia-Geral da União (AGU) decidiu puxar o freio de mão na mineradora e está cobrando R$ 2 bilhões por extração mineral em área pública sem autorização. O buraco, como sempre, é mais embaixo.
Segundo documentos que vazaram — e olha, não foram poucos —, a empresa teria explorado ilegalmente jazidas em territórios da União no estado de Minas Gerais. E não foi de ontem: estamos falando de anos de atividade sem a devida permissão. Alguém aí lembra do ditado "quem não deve, não teme"?
O que a AGU alega?
A ação judicial, que já está rolando há um tempinho nos bastidores, ganhou força agora com novas provas. Os advogados públicos afirmam que a Vale agiu como se estivesse em terra de ninguém:
- Explorou recursos minerais sem outorga ou concessão válida
- Ignorou repetidas notificações dos órgãos ambientais
- Não apresentou estudos de impacto ambiental convincentes
"Isso não é apenas uma irregularidade administrativa", disparou um procurador que preferiu não se identificar. "É um caso clássico de apropriação indébita de patrimônio público."
E a Vale? O que diz?
Até o fechamento desta matéria, a empresa mantinha aquele silêncio de quem foi pego com a boca na botija. Fontes internas, porém, sussurram que a mineradora pode alegar "erros de interpretação" sobre os limites das áreas exploradas. Conveniente, não?
O curioso é que o valor da multa — sim, esses R$ 2 bilhões que estão dando o que falar — foi calculado com base no faturamento da empresa durante o período da extração irregular. Alguém duvida que eles tinham ciência do que estavam fazendo?
O que está em jogo?
Além da grana preta, é claro:
- Credibilidade da Vale no mercado internacional
- Possível revisão de outras áreas de mineração da empresa
- Impacto nas ações da companhia na bolsa de valores
E tem mais: se a Justiça aceitar os argumentos da AGU, isso pode abrir um precedente perigoso para outras mineradoras que atuam em áreas cinzentas. O setor já está em alerta máximo.
Enquanto isso, em Minas Gerais, comunidades próximas às áreas exploradas reclamam há anos dos impactos ambientais. "A gente sempre soube que tinha coisa errada aí", conta um morador da região que preferiu não se identificar. "Agora é torcer para que a Justiça faça seu trabalho."