
Era uma situação que parecia não ter fim — mas, finalmente, a poeira baixou. Os servidores municipais de Florianópolis, depois de semanas com o dedo no gatilho, decidiram suspender a greve que deixava a cidade de cabelo em pé. A prefeitura, que vinha enrolando há tempos, cedeu na pressão e fechou um acordo que, pelo menos por enquanto, deixou todo mundo menos estressado.
Não foi fácil, claro. A negociação foi daquelas que faz qualquer um perder o sono — idas e vindas, propostas que pareciam piada, ameaças de ambos os lados. Mas no fim, o prefeito Topázio Neto (que nem sempre é o mais popular da turma) conseguiu emplacar uma proposta que, convenhamos, não é nenhuma maravilha, mas tira o time de campo.
O que mudou no bolso do servidor?
O reajuste salarial, esse velho conhecido das discussões acaloradas, ficou em 5,3% — um número que nem empolga nem decepciona completamente. Além disso, tem um bônus de R$ 1.200 que será pago em parcelas (porque nada nessa vida vem fácil, não é mesmo?).
Detalhe importante: os trabalhadores que estavam há mais tempo esperando por progressão na carreira finalmente vão sair do limbo. Era uma das principais bandeiras do movimento grevista, que ameaçava se prolongar até as próximas eleições.
E os serviços municipais?
Com a greve encerrada, a cidade volta a respirar aliviada. Escolas municipais, unidades de saúde e outros serviços essenciais devem normalizar o atendimento ainda esta semana — embora ninguém espere que tudo volte aos eixos de um dia para o outro. Afinal, depois de tanto tempo parado, até relógio precisa de ajuste.
O sindicato, que vinha fazendo um verdadeiro malabarismo para manter a pressão, comemorou o resultado como "vitória parcial". Já a prefeitura, sempre cuidadosa com as palavras, preferiu falar em "acordo equilibrado". Ou seja: ninguém saiu completamente feliz, mas também ninguém ficou completamente insatisfeito — o que, no mundo das negociações trabalhistas, já é quase um milagre.
Resta saber se esse clima de paz vai durar. Com a inflação corroendo o poder de compra e as contas públicas sempre no vermelho, é bem capaz que essa seja apenas uma trégua temporária. Mas por enquanto, pelo menos, Florianópolis pode voltar a funcionar sem tantos transtornos.