Parece que o dinheiro público virou pó em Pouso Alegre. Um relatório da Câmara Municipal — daqueles que fazem qualquer contribuinte ter vontade de chorar — apontou um rombo de mais de R$ 10 milhões em obras da prefeitura. E olha que não foi por falta de aviso!
O documento, que circula entre os vereadores desde a semana passada, mostra uma sucessão de erros grotescos. Desde superfaturamento até serviços que simplesmente... desapareceram. Como se tivessem sido levados por um mágico pouco ético.
Onde foi parar o dinheiro?
Entre as obras analisadas, três se destacam pelo nível de absurdo:
- A reforma de uma escola municipal que custou o dobro do previsto — e ainda assim ficou com infiltrações
- Um posto de saúde que nunca foi concluído, mas já consumiu 80% do orçamento
- Pavimentação de ruas que começou a esfarelar antes mesmo da inauguração
"É de cair o queixo", comentou um técnico da Câmara que preferiu não se identificar. "Em alguns casos, o preço pago por metro quadrado de construção chega a ser três vezes maior do que o praticado no mercado."
Falta de planejamento ou má-fé?
O relatório aponta falhas que vão desde a licitação até a fiscalização. Algumas empresas contratadas sequer tinham experiência comprovada — e pasmem — continuam recebendo novos contratos. Coisa de cinema, só que o filme é trágico.
Enquanto isso, moradores reclamam de serviços básicos que não saem do papel. "A gente vê esse dinheiro todo sendo jogado fora e fica pensando: será que ninguém vai prestar contas?", questiona Maria Silva, aposentada que vive há 40 anos na cidade.
A prefeitura, por sua vez, alega que vai "apurar os fatos". Mas convenhamos: depois que o leite já derramou, de pouco adianta correr atrás do pacote furado.
