
Imagine trabalhar duro o ano inteiro, calcular cada centavo do seu imposto, e no final... nada. O governo simplesmente ignora os próprios prazos que criou. Pois é, essa é a realidade que muitos contribuintes enfrentam no Brasil.
Não é novidade que o sistema tributário brasileiro é um labirinto — mas o que poucos falam é como o descaso do poder público transforma esse labirinto numa armadilha sem saída. Leis são aprovadas, prazos são estabelecidos, e depois? Silêncio.
O Jogo das Cadeiras Vazias
Enquanto você paga multas por atrasos de dias, o governo leva anos para cumprir suas próprias obrigações. Ironicamente, quem deveria dar o exemplo age como se as regras não valessem para eles.
Alguns casos são emblemáticos:
- Lei do Bem (2005): Demorou 3 anos para regulamentação — empresas perderam incentivos fiscais por burocracia
- Simples Nacional: Alterações frequentes sem aviso prévio deixam microempresários no escuro
- PEC dos Precatórios: Mudanças de última hora criaram um verdadeiro caos contábil
E o Contribuinte?
Ah, o contribuinte... esse sempre paga o pato. Enquanto os órgãos públicos se dão ao luxo de ignorar prazos, o cidadão comum:
- Não pode planejar seu ano fiscal com segurança
- Acumula custos com contadores para tentar prever o imprevisível
- Perde oportunidades por falta de clareza nas regras
— E o pior? Ninguém é responsabilizado por isso. Conveniente, não?
O Custo do Descaso
Não se engane: essa bagunça tem preço. Segundo especialistas, a insegurança jurídica:
- Desestimula investimentos
- Aumenta os custos operacionais das empresas
- Gera disputas judiciais desnecessárias
Ou seja, todo mundo perde — menos, é claro, quem deveria estar resolvendo o problema.
Parece piada, mas é a nossa triste realidade tributária. Enquanto isso, o relógio continua correndo... só que, para o governo, parece que o tempo é elástico.