
Finalmente uma resposta à altura! A Câmara Municipal de Itapecerica da Serra — aquela cidade da Grande SP que vive no limite entre o urbano e o rural — decidiu dar um chega pra lá nas constantes falhas de abastecimento que deixam a população no escuro (literalmente).
Nesta quarta-feira (7), os vereadores aprovaram por unanimidade uma lei que coloca a Sabesp e a Enel no banco dos réus. A partir de agora, cada vez que a água sumir sem aviso ou a luz der adeus no meio do almoço de domingo, as empresas vão ter que abrir o bolso. E não é pouco!
Os números que doem no bolso
Olha só o estrago (pros cofres das empresas, claro):
- R$ 5 mil por hora de interrupção não comunicada (isso mesmo, HORA!)
- R$ 10 mil se a falha durar mais de 12 horas seguidas
- E tem mais: reincidência multiplica o valor por 2. Ouch!
"Cansei de tomar banho de balde", disse Maria das Graças, dona de casa do Jardim Jacira, enquanto aplaudia a decisão. "Agora vai ver se eles não correm pra consertar os problemas."
O estopim
Tudo começou naquele apagão do mês passado — lembra? — quando metade da cidade ficou sem energia por quase 24 horas. E a Sabesp? Nem se fala... Alguns bairros passam mais tempo sem água do que com.
"Isso aqui tá virando terra de ninguém", reclamou o vereador João do Bar (sim, esse é o apelido dele), autor do projeto. "Enquanto a gente paga em dia, eles entregam serviço porca. Acabou!"
Detalhe curioso: a lei prevê que 30% do valor arrecadado com as multas seja investido em melhorias locais. Esperteza ou justiça? Você decide.
E agora?
As empresas têm 60 dias para se adaptar às novas regras. A Enel, em nota, disse que "respeita a decisão legislativa" (tradução: não gostou nada). Já a Sabesp — surpresa! — não se manifestou.
Enquanto isso, nas redes sociais, os moradores fazem a festa: "Será que agora vão lembrar que a gente existe?", postou um usuário. Outro foi mais direto: "Tô aqui, sem água, esperando minha multa chegar".
Uma coisa é certa: em Itapecerica, o jogo virou. E dessa vez, quem paga o pato são eles.