
Não é exagero dizer que o interior de Sergipe está vivendo dias de transformação. Enquanto alguns ainda discutem planejamentos, a equipe da Igua Sergipe já está com as botas no barro — literalmente — executando obras emergenciais que prometem alívio imediato para populações que há anos convivem com infraestrutura precária.
Onde a borracha encontra o asfalto
Nos últimos 30 dias, municípios como Itabaiana, Lagarto e Nossa Senhora do Socorro viraram canteiros de obras intensos. A meta? Resolver problemas crônicos de vazamentos, redes obsoletas e — pasme — locais que nunca tiveram acesso à água tratada. "É como tapar buracos num balde furado, mas com estratégia", brinca um operário sob o sol das 10h.
Números que impressionam
- 17 km de tubulações substituídas
- 43 pontos críticos atendidos
- 9 comunidades rurais beneficiadas
O que mais chama atenção é o ritmo. Enquanto obras públicas costumam arrastar-se por anos, aqui os cronogramas estão sendo cumpridos com uma urgência quase militar. Será que encontraram a fórmula mágica? "É simples", diz o engenheiro responsável, "trabalhamos com metas diárias e equipes escalonadas".
Ah, e tem detalhe que não pode faltar: em Simão Dias, os moradores fizeram até festa quando a primeira torneira jorrou água limpa depois de três dias de intermitência. Coisa simples, mas que faz diferença no cotidiano de quem depende de baldes e tambores.
Desafios no caminho
Nada é perfeito, claro. Chuvas inesperadas atrasaram parte dos trabalhos em Ribeirópolis, e em alguns pontos foi preciso refazer escavações por encontrar redes não mapeadas. "É como abrir um pacote surpresa", comenta uma técnica, "só que em vez de brinquedo, pode ser um problema de 50 anos atrás".
Para os próximos meses, a promessa é ampliar o raio de ação. Com investimentos que beiram os R$ 12 milhões, outras cinco cidades devem entrar no radar das intervenções urgentes. Resta saber se o calendário vai acompanhar a ansiedade da população.