
O Ibama decidiu segurar a mão — e o carimbo — na liberação de uma licença ambiental crucial para a Petrobras, avaliada em impressionantes R$ 196,4 bilhões. O motivo? Uma queda de braço que já dura meses sobre as metas de descarbonização da estatal.
Segundo fontes próximas ao processo, o órgão ambiental enxerga uma "postura defensiva" da petrolífera no que diz respeito ao combate às mudanças climáticas. Parece que o discurso verde da empresa não está — como se diz no jargão popular — colando com a prática.
Onde está o busílis?
Os técnicos do Ibama apontam três nós principais:
- Metas consideradas "tímidas" para redução de emissões até 2030
- Falta de clareza nos investimentos em energias renováveis
- Plano de transição energética que "não convence" pelos detalhes
Não é de hoje que a Petrobras dança conforme a música dos acionistas — que ainda veem o petróleo como o grande filão. Mas o Ibama parece ter perdido a paciência com esse tango de meias-voltas.
E agora, José?
Enquanto isso, os R$ 196,4 bilhões ficam no limbo. Especialistas ouvidos pelo nosso time destacam que o impasse pode:
- Atrasar projetos estratégicos da empresa
- Impactar a atratividade do Brasil para investimentos em energia
- Criar um precedente para outras grandes corporações
"É um jogo de xadrez onde o tabuleiro é o futuro energético do país", resume um analista que preferiu não se identificar. E pelo visto, as peças estão emperradas.
Do outro lado, a Petrobras garante que seu compromisso com a sustentabilidade é "sério e progressivo". Mas será que progressivo rápido o bastante? O relógio climático não para de tic-tacar...