
Imagine sair de casa e se deparar com montanhas de sacos de lixo espalhados pelas ruas. Pois é exatamente esse o cenário que moradores de sete cidades da Baixada Santista enfrentam desde o início desta semana. A greve dos garis — aqueles heróis anônimos que mantêm nossas ruas limpas — está causando um verdadeiro caos na região.
Segundo fontes próximas às negociações, o movimento paredista começou após meses de promessas não cumpridas pela contratante. "É sempre a mesma história: a gente trabalha feito condenado, mas quando chega a hora de valorizar o serviço, viram as costas", desabafa um dos trabalhadores que preferiu não se identificar.
Quais cidades estão afetadas?
O problema atingiu em cheio:
- Santos (o epicentro do problema)
- São Vicente
- Guarujá
- Cubatão
- Praia Grande
- Itanhaém
- Mongaguá
Nas áreas mais movimentadas, o cheiro forte já começa a incomodar — e muito. Comerciantes reclamam que o acúmulo de resíduos está afastando clientes. "Minha vendas caíram quase 30% desde que essa bagunça começou", conta Dona Maria, dona de uma lanchonete no centro de Santos.
O outro lado da moeda
Enquanto isso, a empresa responsável pelos serviços alega que as reivindicações dos trabalhadores são "inviáveis no momento atual". Mas será mesmo? Um rápido cálculo mostra que o valor pedido pelos garis representa menos de 2% do faturamento anual da contratante. Faz pensar, não?
Nas redes sociais, a população está dividida. Alguns apoiam incondicionalmente a categoria, enquanto outros — principalmente aqueles que já tiveram que desviar de ratos nas calçadas — cobram uma solução imediata.
A previsão? Ninguém sabe ao certo. O sindicato promete manter a paralisação até que haja uma proposta concreta, enquanto a prefeitura mais afetada já fala em "medidas judiciais". Uma coisa é certa: quanto mais o tempo passa, maior fica o problema — literalmente.