
Eis que surge uma luz no fim do túnel para um dos projetos mais aguardados do Nordeste brasileiro. O governo federal acaba de destinar uma grana preta – nada menos que R$ 1,4 bilhão – para tirar do papel a tão sonhada Ferrovia Transnordestina. E olha que não é pouca coisa, viu?
Depois de ficar anos na gaveta (ou melhor, no limbo), essa verba extra pode ser o empurrão que faltava. A obra, que já consumiu bilhões desde seu início em 2006, finalmente ganha novo fôlego. E não é só asfaltinho novo não – estamos falando de 1.300 km de trilhos cortando três estados nordestinos.
O que muda com essa injeção de capital?
Pra começar, a grana deve acelerar as obras em trechos críticos. Imagine só:
- Mais de 3 mil empregos diretos pipocando pela região
- Estrutura logística que pode baratear o frete de grãos e minérios
- Alívio para o caos dos caminhões nas rodovias
Não é à toa que os governadores do Piauí, Ceará e Pernambuco estão comemorando. "Finalmente!" – deve estar pensando o agricultor que paga os olhos da cara pra escoar sua produção.
Controvérsias à vista?
Claro que tem sempre um porém. Alguns especialistas torcem o nariz:
- O cronograma original já foi adiado tantas vezes que ninguém mais conta nos dedos
- Questionam se o valor será suficiente para concluir os trechos mais complexos
- Lembram que a obra já teve escândalos de superfaturamento no passado
Mas convenhamos – depois de 18 anos de idas e vindas, qualquer avanço é bem-vindo. Resta saber se dessa vez o trem (literalmente) sai do lugar.
Ah, e pra quem acha que é só colocar trilho e partir pro abraço: a obra inclui 30 pontes, 9 túneis e 22 estações. Coisa fina, mas que exige um baita planejamento. Será que agora vai?