
Imagine uma estrada que corta o coração do Mato Grosso, ligando sonhos, mercadorias e vidas. Pois é, a BR-163 tá prestes a virar palco de uma transformação e tanto. A prefeitura de Várzea Grande — aquela cidade que vive um romance de amor e ódio com o progresso — não esconde o entusiasmo com a duplicação dessa artéria vital.
Não é exagero dizer que o asfalto novo vai ser como um cafezinho fresco numa manhã de segunda-feira: revigorante. Com pistas ampliadas, o fluxo de caminhões — aqueles gigantes que carregam o agronegócio nas costas — deve ficar mais ágil que um gato pulando muro. E olha que isso é só o começo.
O pulo do gato econômico
Quem mora aqui sabe: quando o trânsito engasga na BR, até o pãozinho da padaria sobe de preço. Mas com a obra, a prefeitura aposta em:
- Redução de custos logísticos (tradução: comida mais barata no prato)
- Atração de novas indústrias (vai que aparece uma fábrica de açaí, né?)
- Geração de empregos — e aí, quem recusa?
Um secretário municipal, entre um gole de tereré e outro, soltou a pérola: "Isso aqui vai ser o berço do desenvolvimento sustentável". E acredite, ele não tava só com calor falando.
O outro lado do asfalto
Claro que tem os céticos — sempre tem. Alguns moradores reclamam que "obra no Brasil é igual a feijoada: demora pra ficar pronta". Mas até eles concordam: quando (e se) terminar, vai valer a pena. A previsão? Dois anos de transtornos para décadas de benefícios. Justo? Quem viver, verá.
Ah, e detalhe: os engarrafamentos monstruosos de sexta-feira podem virar história. Ou pelo menos, é o que todo mundo torce — com direito a vela acesa e tudo.