
O Senado brasileiro resolveu meter a colher em um vespeiro de alto calão. E não é por pouco, viu? A casa aprovou, nesta quarta-feira (4), a criação de uma comissão parlamentar de inquérito — a famosa CPI, mas em versão "mini" — para investigar a gestão dos Correios. O motivo? Um rombo bilionário que deixou todo mundo de cabelo em pé.
Pois é. A empresa pública, que deveria ser um exemplo de eficiência, amargou um prejuízo estratosférico de R$ 3,6 bilhões só no ano passado. Alguém aí acha isso normal? Os senadores, definitivamente, não.
Por que uma CPI agora?
A proposta partiu do senador Paulo Pereira da Silva, mais conhecido como Paulinho da Força. E olha, ele não mediu palavras. Disse, com todas as letras, que a situação dos Correios é "extremamente grave" e que é preciso entender de uma vez por todas onde foi parar tanto dinheiro — ou a falta dele.
Não é de hoje que a empresa dá sinais de aperto. Quem nunca reclamou de uma encomenda que sumiu no mapa ou de um atendimento que deixou a desejar? Mas o buraco agora parece ser mais embaixo. Muito mais.
Os números que assustam
R$ 3,6 bilhões. Vamos repetir: três vírgula seis bilhões de reais. É dinheiro que some do caixa, que deixa de ser investido em melhorias, que pesa no bolso do contribuinte. Um valor tão alto que chega a ser difícil de visualizar — daria para comprar o quê, uns estádios do Mineirão? Vários.
E o pior: a crise não é de agora. É um acúmulo de problemas mal resolvidos, gestões questionáveis e, quem sabe, até desvios de recursos. A CPI vai ter trabalho pela frente.
O que será investigado?
- A gestão financeira dos Correios nos últimos anos
- Possíveis irregularidades na aplicação de recursos públicos
- Contratos suspeitos e licitações com cheiro de maracutaia
- O impacto do deficit no serviço prestado à população
Paulinho da Força foi enfático: "Precisamos saber se esse deficit todo foi fruto de má gestão, corrupção ou uma combinação perigosa dos dois". E ele tem um ponto. Afinal, em tempos de inteligência artificial e eficiência logística global, como uma empresa estatal afunda tanto?
E agora, José?
A mini-CPI deve começar os trabalhos em breve, com direito a convocação de ministros, ex-presidentes da empresa e quem mais for necessário. A expectativa é que, em no máximo 120 dias, tenhamos um relatório detalhado — e quiçá explosivo.
Enquanto isso, o cidadão comum fica se perguntando: isso vai afetar meu envio de pacotes? Vai aumentar o preço do selo? A verdade é que toda crise estatal, no fim das contas, sobra para nós. Torcemos para que a investigação traga respostas — e soluções.
Os Correios são uma instituição centenária, parte da história do Brasil. Ver them nessa situação dói. Mas como diz o povo: melhor remediar tarde do que nunca. Ou, nesse caso, melhor investigar agora do que deixar o rombo aumentar.