
O clima em Florianópolis está tenso — e não é só por causa do vento sul. Um tradicional clube esportivo da cidade virou alvo de uma verdadeira tempestade após ser interditado pela prefeitura. A justificativa? Irregularidades estruturais e falta de segurança. Mas a história, como sempre, tem mais camadas do que uma cebola chorona.
Segundo fontes próximas ao caso, a interdição aconteceu depois que um grupo de frequentadores — aqueles que vivem reclamando até da cor do céu — fez denúncias anônimas sobre supostos riscos no local. "Foi tudo muito abrupto", comenta um sócio que prefere não se identificar. "Um dia estava tudo normal, no outro apareceram os fiscais com cara de poucos amigos."
O outro lado da moeda
A diretoria do clube, claro, não ficou satisfeita. Em nota cheia de vírgulas emocionadas, eles rebateram as acusações com o vigor de um jogador de vôlei defendendo match point. O principal argumento? A prefeitura demorou meses — quiçá anos — para analisar projetos de reforma já protocolados. "É fácil apontar o dedo quando você é o último a cumprir seu papel", disparou o presidente da associação, em tom que misturava indignação e cansaço.
Entre os problemas apontados estão:
- Falhas na estrutura da piscina (que, segundo os sócios, nunca causaram incidentes)
- Documentação de segurança desatualizada (mas já em processo de renovação)
- Áreas com necessidade de manutenção (que aguardavam liberação para reforma)
Curiosamente, o clube funciona há décadas no mesmo endereço. "Nunca tivemos nenhum acidente grave", defende uma frequentadora assídua, enquanto ajusta a touca de natação. "Mas parece que agora tudo virou emergência."
O jogo político por trás dos gramados
O que ninguém diz alto, mas todos sussurram nos corredores: há uma pitada de politicagem nessa história. Com eleições municipais se aproximando, cada gesto público vira peça de xadrez. Alguns associados especulam — em voz baixa, é claro — que a interdição pode ser "mensagem" para certos grupos. Outros acham exagero. "Prefeitura sendo prefeitura", resume um senhor enquanto dobra sua toalha com precisão militar.
Enquanto isso, os frequentadores se viram como podem. Os nadadores migraram para praias geladas, os jogadores de tênis improvisam raquetadas em quadras públicas, e o bar — ah, o famoso bar do clube — deixou de ser ponto de encontro para causos exagerados e chopps precisamente tirados.
O que vem pela frente? Ninguém sabe ao certo. A prefeitura promete agilidade na análise dos documentos (dessa vez, talvez). O clube garante que fará o possível para reabrir as portas (mas sem promessas milagrosas). E os sócios? Esses continuam torcendo — não mais pelos times, mas por uma solução rápida para esse imbróglio burocrático.