
Imagine um edifício imponente, moderno, com tudo novinho em folha - e completamente vazio. Não é cenário de filme de terror, é a realidade bem aqui no Distrito Federal. Faz doze longos anos que o Novo Centro Administrativo espera por uma decisão que parece nunca chegar.
O que era para ser solução virou mais um problema crônico. A estrutura está lá, pronta desde 2013, enquanto secretarias governamentais continuam espalhadas por vários pontos da capital federal. E o custo? Ah, esse ninguém quer calcular direito.
Um Elefante Branco de Concreto
O prédio não é pequeno coisa nenhuma - são 47 mil metros quadrados de área construída, espaço suficiente para abrigar cerca de 1.500 servidores públicos. Tudo novinho, esperando... sempre esperando.
Enquanto isso, a conta não para de crescer. Manutenção básica, segurança, limpeza - tudo isso sai do bolso do contribuinte mensalmente. É dinheiro que literalmente evapora enquanto o governo debate o que fazer com o imóvel.
O Jogo de Empurra-Empurra
O mais curioso nessa história toda é que ninguém assume a responsabilidade pelo impasse. A Terracap, empresa responsável pelo patrimônio do DF, joga a bola para o GDF, que por sua vez alega questões orçamentárias. E assim vamos levando.
Algumas tentativas de ocupação já rolaram, é verdade. Mas sempre esbarraram na mesma pedra: falta de verba para adaptações e mudança. Parece piada pronta, mas é a pura realidade.
O Prejuízo que Ninguém Vê
O que mais dói nessa situação é o desperdício monumental. Enquanto serviços públicos precisam de melhorias e a população clama por mais eficiência, temos um prédio de primeira linha jogado às traças.
E não pense que é só o custo direto da manutenção. A dispersão das secretarias por vários endereços diferentes gera gastos adicionais com locomoção, comunicação e logística. Tudo isso poderia ser otimizado se o bendito centro administrativo finalmente funcionasse.
Há Solução à Vista?
O governo atual garante que está buscando alternativas. Estudam desde parcerias público-privadas até soluções mais criativas para viabilizar a ocupação. Mas, convenhamos, depois de doze anos, fica difícil acreditar em promessas.
O certo é que essa novela já dura mais que muitas séries de televisão. E o final? Bem, esse ainda parece distante. Resta aos brasilienses torcer para que, um dia, o elefante branco ganhe vida e cumpra seu propósito.