
E aí, quem mora em Mato Grosso e costuma pegar avião vai sentir na pele uma mudança significativa. O governo do estado resolveu puxar o freio de arrumação nos benefícios que concedia à Azul Linhas Aéreas. E o motivo? A empresa simplesmente decidiu cortar seis rotas importantes que partiam do estado.
A coisa não foi por pouco não. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) tomou a decisão depois que a Azul comunicou o cancelamento de voos que ligavam Cuiabá a destinos como Porto Seguro, Ilhéus, Campinas (Viracopos) e Rio de Janeiro (Santos Dumont). Fora isso, Rondonópolis também perdeu a conexão direta com Campinas. Uma facada na mobilidade de quem depende desses trajetos.
Reação imediata do governo
Parece que o governo não ficou só olhando. A Sedec emitiu uma nota deixando claro que a medida da Azul "impacta diretamente na política de desenvolvimento econômico de Mato Grosso". Na prática, a suspensão dos benefícios — que incluem aqueles incentivos fiscais que as empresas adoram — já está valendo. Foi na tarde desta quinta-feira (25) que o aviso oficial saiu.
E olha, a justificativa do governo tem seu ponto. Eles argumentam que a redução das rotas "inviabiliza a continuidade do apoio estadual". Basicamente, se a empresa não mantém o serviço que justificava o auxílio, o auxílio vai pro espaço. Faz sentido, não?
O que significa na prática?
Para o cidadão comum, a história fica mais ou menos assim:
- Menos opções de voo: Quem precisava viajar para esses destinos agora terá que buscar alternativas, muitas vezes mais caras ou menos convenientes.
- Impacto no bolso: Com menos concorrência, é bem possível que as passagens aéreas remanescentes fiquem mais salgadas.
- Prejuízo para o comércio: Varejistas e prestadores de serviços que dependem do fluxo de turistas e negócios podem sentir o baque.
Não é de hoje que a aviação comercial vive altos e baixos no Brasil. Combustível caro, crise econômica, pandemia... a lista de desafios é longa. Mas cortar rotas de um estado importante como Mato Grosso — que é um gigante do agronegócio — parece uma jogada arriscada.
Resta saber se a Azul vai reconsiderar a decisão ou se o governo abrirá espaço para negociações. Por enquanto, o que se vê é um impasse que deixa todo mundo no prejuízo: empresa, governo e, principalmente, a população.