
Era uma daquelas votações que deixava todo mundo de cabelo em pé — literalmente. Na tarde desta quarta (6), os vereadores de Belo Horizonte bateram o martelo (e com força!) sobre o polêmico reajuste salarial dos servidores municipais. Depois de um primeiro turno cheio de idas e vindas, a proposta finalmente passou no segundo round, mas não sem antes causar um rebuliço digno de novela das nove.
O aumento — que varia entre 5% e 12% dependendo da categoria — vai mexer com o bolso de mais de 60 mil funcionários públicos da capital mineira. E olha que a coisa não foi fácil: enquanto alguns defendiam que o reajuste era "mais que merecido", outros torciam o nariz para o impacto nas contas da prefeitura, que deve sentir o baque já no próximo trimestre.
Os números que você precisa saber:
- Faixas de reajuste: varia de 5% (para cargos de nível superior) a 12% (para as categorias com menores salários)
- Votação apertada: 27 votos a favor, 15 contra e 3 abstenções
- Impacto no caixa: R$ 380 milhões só em 2025 — e a conta sobe para R$ 2,1 bilhões até 2028
O presidente da Câmara, em entrevista depois da votação, soltou aquele clássico "é uma vitória da justiça social", enquanto a oposição não perdeu tempo e já começou a preparar recursos — porque em política, como diz meu avô, "nada termina quando termina".
E os servidores? Ah, esses estão entre a comemoração e a desconfiança. "Melhor que nada, mas ainda tá longe do ideal", resmungou um professor que preferiu não se identificar. Já um agente de saúde comemorou: "Depois de 4 anos sem aumento, qualquer centavo a mais faz diferença no fim do mês".
E agora, José?
Com a aprovação em segundo turno, o projeto segue para sanção do prefeito — que, diga-se de passagem, já deu sinais de que vai assinar. Mas fica o pepino: de onde vai sair a grana? A equipe econômica da prefeitura garante que "já tem um plano", mas os detalhes... bem, esses ainda estão mais escondidos que ovo de Páscoa em abril.
Uma coisa é certa: enquanto os números não batem, o debate sobre o tamanho do Estado e a valorização dos servidores públicos promete esquentar os próximos meses na capital mineira. E você, o que acha? Aumento justo ou rombo anunciado?