São Luis 413 Anos: Roteiro Imperdível Para Descobrir os Segredos da Capital e Arredores
São Luis 413 anos: Roteiro completo para explorar a capital

Quatrocentos e treze anos. Parece até número de sorte, não é? E para São Luis, a capital do Maranhão que teima em ser a mais francesa das cidades brasileiras (com um quê português e outro africano, é claro), a data é mais que especial. É um convite para redescobrir seus encantos.

E olha, a gente nem precisa de desculpa para perder-se pelas ruas de paralelepípedos do Centro Histórico – aquele labirinto de cores e histórias que a UNESCO não hesitou em chamar de Patrimônio da Humanidade. Os casarões coloniais, alguns meio desleixados, outros impecavelmente restaurados, contam segredos de outros séculos. E os azulejos? Meu Deus, são uma aula de história ao ar livre, cada fachada uma página de um livro aberto.

Para Além dos Azulejos: O Que a Ilha Esconde

Mas São Luis, ah, ela vai muito além do óbvio. Quem pensa que é só história, se engana feio. A cidade é uma espécie de portal para algumas das paisagens mais absurdas do planeta – e sim, eu uso a palavra "absurda" no melhor sentido possível.

De um lado, pega-se uma balsa e, em aproximadamente uma hora, chega-se a Alcântara. O lugar é uma viagem no tempo. Sério. Ruínas de mansões suntuosas do período imperial convivem com simplicidade do presente. A sensação é de que o tempo simplesmente decidiu parar por lá, criando um cenário quase surreal para fotos e reflexões.

O Chamado das Águas (e das Dunas)

E se a sua praia for literalmente praia (desculpe o trocadilho horrível), a região é um verdadeiro paraíso. A pouco mais de 200 km dali, os Lençóis Maranhenses esperam. Aquele mar de dunas brancas pontuado por lagoas de água doce cristalina é, convenhamos, uma das paisagens mais icônicas do Brasil. É daquelas coisas que você precisa ver para acreditar que existe de verdade.

Mas calma, não precisa ir tão longe. A própria ilha de São Luis esconde recantos maravilhosos. As praias de Olho d'Água e do Calhau são perfeitas para um fim de tarde contemplativo, aquele momento de ver o sol se despedir do dia com uma intensidade que só o Nordeste sabe oferecer.

Uma Festa Para os Sentidos

Voltando à cidade, a vida cultural é um turbilhão. O reggae, é claro, reina absoluto. Dizem que a cidade é a segunda capital mundial do ritmo, atrás apenas de Kingston, na Jamaica. E acredite: os "lubuns" (as famosas festas de reggae) são uma experiência quase espiritual para os ludovicenses. É dançar até o chão suar.

E não podemos, em hipótese alguma, esquecer da gastronomia. Prepare o paladar – e o fígado – para o famoso arroz de cuxá. O prato, com seu sabor levemente azedo, é uma experiência única. E para beber? Uma pitada de guaraná Jesus, aquele refrigerante rosa que divide opiniões mas é absolutamente cativante.

São Luis, em seus 413 anos, não é apenas uma cidade velha. É um lugar que pulsa, respira cultura e te abraça com uma energia contagiante. É história viva, é natureza bruta, é alegria pura. E está te esperando.