
Nada daquele clima cerimonioso e cheio de firulas de despedidas corporativas. A saída de César Tralli da GloboNews foi, na verdade, um daqueles momentos raros e sinceros que a gente vê na TV. Na sua última participação no Edição das 10 desta quinta, o clima foi de descontração — mas com um conselho de mestre que vale ouro.
E olha, ele foi direto ao ponto. A pergunta que não quer calar: o que ele diria para a pessoa que vai ficar na sua cadeira? A resposta não foi um manual de regras ou um tutorial de como ler um teleprompter. Foi algo muito mais humano.
Seja Você Mesma — O Recado Mais Valioso
“Que a pessoa seja ela mesma”, disparou Tralli, sem rodeios. Parece óbvio, né? Mas no mundo encenado do jornalismo, onde todo mundo tenta se encaixar num padrão, essa é quase uma declaração revolucionária.
Ele ampliou o pensamento, com a tranquilidade de quem já viveu de tudo um pouco: “Às vezes a gente fica olhando para o lado e tentando ser o outro”. Quantos de nós já não caímos nessa armadilha? A comparação, o mimicry profissional… é um beco sem saída.
Não Existe Cópia Que Preste
E aqui vai a joia rara da noite, uma daquelas frases que a gente gruda na parede: “Cópia nunca fica boa, né? Sempre o original é melhor”. Ele não estava só falando de jornalismo. Era um conselho de carreira — ou melhor, de vida.
Tralli ainda complementou, com um tom quase paternal — daqueles conselhos que doem de tão verdadeiros: “Então, que a pessoa aproveite a oportunidade, claro, que é maravilhosa, mas que seja ela mesma”.
Não foi um adeus melancólico. Longe disso. O apresentador agradeceu à equipe — aquela galera nos bastidores que ninguém vê, mas que segura a barra — e deixou claro: não é um fim, é um até logo. “Até uma próxima, pessoal!”, finalizou, levantando e saindo de cena sem drama.
E aí? Você concorda? No fim das contas, seja no jornalismo ou em qualquer outra profissão, talvez a maior competência seja mesmo não tentar ser cópia de ninguém.