
Nada como as férias para transformar piscinas em pistas de mergulho e playgrounds em arenas de aventura — especialmente nos condomínios do interior paulista, que viram a movimentação nas áreas comuns disparar nessa época do ano. E se a alegria das crianças é contagiante, a atenção dos adultos precisa ser redobrada.
"É aquela correria: um vai pra piscina, outro pro parquinho, e você fica com os olhos em 360 graus", comenta Maria Souza, síndica de um residencial em Campinas. Ela não exagera: segundo relatos de administradoras, os chamados para pequenos acidentes — desde tropeços até quedas — podem triplicar em julho.
O que fazer para evitar sustos?
Parece óbvio, mas não custa repetir:
- Piscinas: Grades de proteção devem ter no mínimo 1,20m e travas altas — crianças são especialistas em "hackear" fechaduras fáceis
- Playgrounds: Aquela manutenção que ficou pra depois? Hora de fazer. Parafusos soltos e superfícies irregulares viram armadilhas
- Salões de festa: Cuidado com móveis instáveis quando virarem "campos de batalha" de pega-pega
E tem mais: alguns condomínios estão adotando medidas criativas, como "monitores de lazer" contratados temporariamente — uma solução que, diga-se, os pequenos adoram (e os pais mais ainda).
E quando o problema é... os adultos?
Ah, sim! Nem sempre são as crianças as protagonistas dos incidentes. Churrasqueiras mal apagadas, brincadeiras "de gente grande" na sauna e até discussões por espaço em quadras esportivas entram na lista de ocorrências. "Tem gente que acha que férias são sinônimo de folga das regras", brinca (sem graça) um zelador de condomínio em Ribeirão Preto.
Para evitar conflitos, muitas administrações estão enviando lembretes bem-humorados pelos grupos de WhatsApp — algo como "Seu churrasco é top, mas a fumaça no apartamento do vizinho não". Funciona? Mais ou menos.
No fim das contas, as férias escolares deveriam ser só diversão — e com um pouquinho de cuidado e bom senso, podem ser. Afinal, quem não quer guardar na memória os mergulhos (seguros) da infância?