Morango do Amor vira febre em feira de Pelotas: "Nem damos conta de tanta encomenda", diz doceira
Morango do Amor vira febre em feira de Pelotas

Quem passa pela feira livre no centro de Pelotas, no Rio Grande do Sul, dificilmente resiste à tentação. Nas barraquinhas coloridas, um doce em especial rouba a cena — e os corações dos visitantes. O "Morango do Amor", aquela delícia feita com morango fresco mergulhado em calda de açúcar cristalizado, virou a sensação do momento.

"A gente tá abrindo às 6h e já tem fila", conta Maria da Silva, doceira há 15 anos, enquanto enrola mais uma bandeja de morangos na calda ainda fumegante. "Nem lembro quando foi a última vez que consegui almoçar direito. Tá loucura!"

Fenômeno gastronômico

Não é exagero dizer que o doce virou mania. Pelas contas das próprias doceiras — que agora trabalham em esquema de revezamento —, algumas barracas chegam a vender mais de 300 unidades num único dia de feira. E olha que estamos falando de uma cidade que já respira doces tradicionais o ano todo.

O segredo? Difícil dizer. Talvez seja a combinação perfeita entre:

  • Morangos da estação (colhidos literalmente na véspera)
  • Calda no ponto exato — nem muito dura, nem mole demais
  • E aquele toque caseiro que só quem cresceu na roça sabe fazer direito

"Tem cliente que volta três vezes no mesmo dia", ri dona Francisca, outra veterana das panelas de cobre. "Dizem que é vício. Eu acho que é amor mesmo."

Capital do Doce em estado de graça

Pelotas, é claro, não é nenhuma novata no mundo dos doces finos. A cidade que produz os famosos charques também é terra das camafeus e das quindins. Mas o sucesso repentino do Morango do Amor até pegou os mais antigos de surpresa.

"Isso aqui tá parecendo aquelas filas de lançamento de iPhone", brinca um senhor enquanto espera sua vez. "Só falta botarem toldinho pra gente não pegar sol."

Enquanto isso, nas redes sociais, a hashtag #MorangoDoAmor já acumula milhares de menções. De influencers gastronômicos a turistas deslumbrados, todo mundo quer registrar o "fenômeno doceiro do inverno".

Uma coisa é certa: enquanto houver morango na feira, Pelotas continuará sendo — muito mais que a capital nacional do doce — a capital do amor açucarado.