Não foi por acaso que o ginásio lotado explodiu em aplausos quando o último acorde da sanfona ecoou. O grupo Fogo de Palha, uma das quadrilhas juninas mais tradicionais de Belo Horizonte, acabara de cravar uma apresentação de tirar o fôlego – e o primeiro lugar no concurso estadual.
Parecia até que o tempo parou quando os 40 dançarinos, vestidos com trajes que mesclavam o rústico e o contemporâneo (aqueles chapéus de palha com detalhes em LED foram geniais!), executaram a coreografia final. A plateia, é claro, foi à loucura.
Um espetáculo que vai além da dança
O que diferencia o Fogo de Palha? Ah, onde começar... Primeiro, a narrativa. Este ano, eles contaram a história de um amor proibido entre filhos de famílias rivais – algo como Romeu e Julieta, mas com muito mais xote e baião. Depois, os detalhes: cada gesto, cada olhar, cada passo parecia ter sido pensado para emocionar.
"A gente treina o ano inteiro pra esses 15 minutos no palco", confessou Maria Eduarda, uma das integrantes, ainda ofegante após a apresentação. E dá pra acreditar? O grupo quase desistiu em maio, quando um problema com o aluguel do espaço de ensaios ameaçou tudo.
O segredo do sucesso
- Originalidade: A mistura de música tradicional com arranjos modernos
- Figurinos: Feitos à mão por artesãos locais (aquele vestido de chita com aplicações de espelho? Arrasou!)
- Energia: Parecia que dançavam não com os pés, mas com a alma
Os jurados não tiveram dúvidas – ou melhor, tiveram apenas uma: dar a nota máxima. "Raramente vemos tanta sintonia entre tradição e inovação", avaliou um dos membros da comissão, visivelmente emocionado.
E agora? O grupo se prepara para representar Minas Gerais no nacional. Mas antes, claro, vão descansar – ou tentar, porque a cidade já está cheia de convites para apresentações. Quem viu, garante: esse fogo pode até ser de palha, mas queima com a intensidade de uma fogueira de São João.
