
Não é todo dia que uma cidade respira história e tradição como Mazagão, no Amapá. E quando o assunto é o Dia de São Tiago, então? A coisa fica séria — no bom sentido, claro. A festa, que já virou marca registrada da região, promete agitar julho com uma mistura de devoção e folclore que só quem é de lá sabe fazer direito.
O que rola na programação?
Olha só, se você pensa que é só missa e procissão, tá muito enganado. A coisa começa cedo, lá pelas 6h da manhã, com o alvoradaço — sim, aquela badalada que acorda até quem jurou que não ia levantar cedo. E não para por aí:
- Café da manhã comunitário: porque ninguém é de ferro, e celebrar com o estômago vazio não dá.
- Missa solene: às 9h, na Igreja Matriz. Dizem que até o vento para pra ouvir o coral.
- Cortejo cultural: imagina só, cavaleiros, bandeiras e uma energia que parece ter saído de um conto. Às 16h, ponto principal: a Praça do Maranhão.
E tem mais — porque sempre tem. À noite, o arraial toma conta com comidas típicas (experimenta o tacacá, vai por mim) e quadrilhas que fazem até quem tem dois pés esquerdos dançar.
Por que São Tiago é tão importante aqui?
Ah, essa história é boa. Conta-se que os primeiros habitantes trouxeram a devoção ao santo lá do Marrocos — sim, do outro lado do oceano. E olha que curioso: a festa mistura tradições portuguesas, indígenas e africanas como se fossem uma só. Quem vê, não diz, mas é pura resistência cultural.
"É como se a cidade revivesse suas raízes a cada 25 de julho", me disse uma moradora enquanto arrumava as flores para o altar. E dá pra entender: são gerações mantendo viva uma chama que poderia ter se apagado há tempos.
Dicas para quem vai pela primeira vez
Se você é daqueles que chega achando que sabe — pare tudo. Mazagão tem seus códigos:
- Leve um agasalho. Sim, no Amapá! As noites à beira do rio podem surpreender.
- Chegue cedo para o cortejo. Os melhores lugares somem feito água no sol.
- Experimente o vinho de açaí. Não é o que você tá pensando, e vale cada gole.
E olha, se bater aquela dúvida sobre horários ou locais, qualquer morador ajuda — muitos até levam você pela mão. É desse jeito, sem frescura, que a festa ganha vida.