
Eis que o cinema do Norte brasileiro dá um verdadeiro show no sul do país! Boiuna, filme produzido no Pará, acaba de ser indicado em nove categorias no 52º Festival de Cinema de Gramado — e olha que a competição não é moleza.
Quem diria que uma lenda amazônica — aquela cobra-grande que assombra os rios da região — roubaria a cena nas terras dos pampas? A produção, que mistura fantasia e realidade com um toque de realismo mágico, concorre desde Melhor Filme até Direção de Arte, passando por Trilha Sonora Original (que, diga-se, é de arrepiar).
O que tá pegando nas indicações:
- Melhor Longa-Metragem Brasileiro
- Direção (para o estreante Carlos Barreto, que já tá sendo chamado de "novo nome do cinema nacional")
- Atriz Coadjuvante (Maria Silva, com aquela interpretação que dá arrepios)
- Roteiro Original — e olha que a história não é nada óbvia!
Parece que a banca do festival finalmente acordou pro talento que vem da Amazônia. "É um reconhecimento histórico", soltou o produtor João Mendes, ainda meio sem acreditar, em entrevista rápida por telefone. "A gente sempre foi visto como cinema 'de nicho', mas agora..." — aí a ligação caiu, porque claro, sinal de celular na floresta é o que?
Por que isso importa?
Num mercado dominado por produções do eixo Rio-São Paulo, um filme que bebe da cultura ribeirinha e ainda assim consegue dialogar com o público nacional (e agora, quem sabe, internacional) é mais que vitória — é quase um milagre. E olha que o orçamento foi modesto, se comparado aos blockbusters tradicionais.
Ah, e pra quem tá pensando "mais um filme regional": calma lá. A fotografia de Boiuna — trabalho minucioso de Clara Rondon — captura a Amazônia como poucos conseguiram antes. Não é só paisagem bonita; é textura, é luz, é quase dá pra sentir o cheiro da floresta na sala de cinema.
O festival rola entre 15 e 23 de agosto, e já tem gente marcando posição nas redes: #BoiunaEmGramado tá bombando no Twitter. Resta saber se a cobra-grande vai engolir a concorrência — ou se vai ficar só no quase. De qualquer forma, já ganhou: colocou o cinema paraense no mapa.