
O Parque dos Pioneiros em Adamantina virou palco de pura energia no último final de semana. De um lado, MCs afiando as palavras como facas. De outro, plateia vibrando a cada rima certeira — e olha que teve de tudo, desde críticas sociais até trocadilhos que arrancaram gargalhadas.
Quem passou por lá viu: não foi só competição, foi resistência cultural com ritmo. A Batalha Afro-Urbana misturou tradição e contemporaneidade de um jeito que só quem vive a cena sabe fazer. "Aqui a gente não só diverte, mas discute", comentou um dos organizadores entre um show e outro.
Mais que um evento, um movimento
Das 14h até o sol se por, o parque respirou cultura. Alguns momentos marcantes:
- Batalha principal: 16 competidores, 3 rounds eliminatórios e uma final que deixou o público em êxtase
- Shows surpresa: artistas locais subiram no palco sem aviso prévio — e roubaram a cena
- Intervenções artísticas: grafite ao vivo e exposição de fotos contando a história do hip-hop na região
E não pense que foi só para jovens. Famílias inteiras marcaram presença, provando que boa música e poesia não têm idade. "Trouxe meus filhos para conhecerem nossa cultura de raiz", disse uma mãe enquanto acompanhava o ritmo com os pés.
O pulso da periferia no centro da cidade
O que começou como nicho virou fenômeno. A prefeitura — que bancou parte da estrutura — parece ter acertado em cheio ao apoiar. "Eventos assim aquecem a economia local e dão visibilidade a talentos", justificou um secretário municipal, ele mesmo fã confessão de rap.
Para o ano que vem? Os organizadores já prometem: "Vai ser maior, mais diverso e com ainda mais atitude". Adamantina, prepare seus ouvidos.