
Imagine um palco iluminado, música no ar e dois corações batendo no mesmo ritmo. Foi assim que tudo começou, em 1993, no Festival de Dança de Joinville — um dos eventos mais importantes da arte no Brasil. E não, não estamos falando apenas de pliés e piruetas, mas de uma conexão que resistiu ao tempo.
Ela, bailarina clássica com um sorriso que roubava olhares. Ele, um coreógrafo cheio de ideias e um jeito despretensioso. Os dois se cruzaram nos bastidores, entre ensaios e apresentações, e o que poderia ser apenas uma paixão passageira virou uma história de três décadas.
O encontro que mudou tudo
— A gente nem percebeu quando aconteceu — ela conta, rindo. — Um dia, estávamos discutindo a melhor forma de executar um movimento; no outro, já não conseguíamos imaginar a vida um sem o outro.
Joinville, conhecida como a "Cidade das Flores" e também como a "Capital da Dança", foi o cenário perfeito. O festival, que reúne talentos de todo o país, acabou unindo duas pessoas que, de outra forma, talvez nunca tivessem se conhecido.
Trinta e um anos depois
Hoje, eles têm dois filhos — que, claro, herdaram o talento artístico dos pais — e ainda dançam juntos em casa, mesmo que só para relembrar os velhos tempos. O segredo? "Respeito, paciência e, claro, um pouco de humor", diz ele, enquanto ajusta uma moldura com fotos do festival na parede da sala.
E o Festival de Dança? Continua sendo um marco na vida do casal. Todo ano, sem falta, eles voltam a Joinville — não mais como participantes, mas como espectadores apaixonados pela arte e pela cidade que os uniu.
Quem diria que um evento cultural poderia escrever uma história de amor tão duradoura? A vida, às vezes, tem dessas reviravoltas — ou melhor, desses grand jetés inesperados.