
Quem nunca sonhou em guardar a casa onde cresceu, cheia de lembranças afetivas? Pois é, mas no caso dos príncipes William e Harry, a história é bem diferente — e mais complicada do que parece.
Althorp House, a propriedade onde a lendária Princesa Diana passou parte da infância, não foi — e nem será — herdada pelos seus filhos. E o motivo? Uma teia de tradições aristocráticas que mistura direito de primogenitura, acordos familiares e... um detalhe histórico curioso.
O quebra-cabeça da herança
Enquanto a maioria das pessoas imagina que os bens da família Spencer (clã de Diana) poderiam ter ido para os netos, a verdade é que essas coisas entre a nobreza funcionam num ritmo completamente diferente. A casa, que hoje abriga um memorial emocionante dedicado à "Princesa do Povo", segue nas mãos do irmão de Diana, Charles Spencer.
E não foi por falta de vontade — a legislação britânica sobre heranças de títulos e propriedades é tão complexa quanto um episódio de The Crown. A regra é clara: primogênito herda tudo. Sem divisões, sem negociatas. Um sistema que vem desde o século XVI e que, convenhamos, não ajuda muito em casos de famílias modernas.
Memórias versus Legado
Curiosamente, os príncipes até passaram férias na propriedade quando crianças — há fotos adoráveis deles brincando nos jardins. Mas Althorp não é só uma casa: é um patrimônio histórico avaliado em dezenas de milhões, com uma coleção de arte que faria qualquer museu corar.
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"É uma daquelas situações onde o coração diz uma coisa, mas a tradição manda outra", comenta um especialista em genealogia real. E parece que, nesse caso, a tradição venceu — ainda que William e Harry tenham seus próprios palácios hoje em dia.
Resta saber: será que no futuro algum Spencer decidirá mudar as regras do jogo? Nas palavras de um antigo mordomo da família: "Na aristocracia, as exceções são tão raras quanto um dia sem chuvas na Inglaterra". E cá entre nós, ele sabe do que fala.