
Não é todo dia que uma artista despeja na mesa suas vulnerabilidades mais profundas. Letrux — aquela força da natureza musical brasileira — decidiu não apenas enfrentar um diagnóstico assustador, mas transformá-lo em arte. E que história.
Imagine receber a notícia de um tumor. Aquele frio na espinha, o mundo desmoronando por um instante. Foi exatamente isso que aconteceu com a cantora e compositora, que descobriu um tumor e precisou passar por uma cirurgia de retirada. Mas ela, sendo ela, encarou tudo com uma coragem que até inspira inveja.
Entre a música e a literatura: um câncer no caminho
No meio de tantos projetos — ah, a vida de artista nunca para — veio o diagnóstico. E olha, não foi fácil. Ela conta que, entre ensaios, composições e a agitação do dia a dia, teve que fazer uma pausa forcada. Uma daquelas que a gente nunca espera, mas que acabam virando ponto de virada.
“A gente acha que está no controle de tudo, até que o corpo grita”, reflete ela, com aquela sabedoria que só quem passou por um susto desses consegue ter. A cirurgia foi um sucesso, graças a médicos competentes e um tanto de sorte — ela não nega. Mas o processo de recuperação? Hum, complicado. Exigiu paciência, resiliência e, claro, muita força mental.
E aí, veio o livro
Enquanto se recuperava, Letrux não ficou parada. longe disso. Mergulhou de cabeça na escrita. O resultado? Um novo livro de contos, cheio daquelas histórias que só ela sabe contar — com ironia fina, emocão crua e uma dose generosa de realidade.
Ela mesma admite: a experiência com a doença mudou sua escrita. Deu mais urgência, mais verdade. “Escrever, depois de encarar a própria mortalidade, vira um ato de resistência”, solta ela, entre um café e outro.
Os contos falam de medo, sim, mas também de coragem. De dúvida, mas também de esperança. E, claro, tem muito daquela veia artística que já conhecemos da sua música — só que agora, em prosa.
O medo que vira combustível
Letrux não tem papas na língua. Assume que teve medo — quem não teria? — mas decidiu usar esse medo como impulso. Virou a chave. E no lugar do desespero, escolheu a criação.
“A arte salva. Pode não curar tudo, mas salva”, arremata ela, com convicção. E dá para acreditar. Olha só o que ela produziu enquanto se recuperava: não apenas um livro, mas uma nova perspectiva sobre a vida.
Ah, e a música? Continua firme e forte. Ela adianta que já tem novidades sonoras a caminho — porque criatividade, para ela, não tem como conter.
No fim das contas, a história de Letrux é sobre não baixar a cabeça. Sobre transformar o susto em verso, a dor em prosa, e o medo em motivo para seguir em frente. E a gente aqui, só torcendo — e ansioso para ler cada linha do seu novo trabalho.