
Imagine a cena: você espera décadas para ver seu ídolo da adolescência, chega lá cheio de expectativa e... leva um choque de realidade. Não, não é brincadeira - um dos integrantes do Backstreet Boys decidiu que um rápido registro fotográfico com os fãs vale nada menos que setecentos reais. Setecentos!
O caso aconteceu durante um evento empresarial em São Paulo onde Kevin Richardson - sim, o próprio - participava como atração principal. Os organizadores, sabendo da febre que os Backstreet Boys ainda provocam, ofereciam o tal "encontro premium" por um preço que mais parece nota fiscal de concerto.
Não é brincadeira
O pacote básico, se é que podemos chamar assim, incluía apenas a foto e custava R$ 700. Para quem quisesse um autógrafo junto? Mais quinhentos, por favor. E aí você pensa: mas pelo menos era algo prolongado, uma conversinha, um abraço? Nada disso. Relatos de quem estava lá confirmam que a interação durava menos de dez segundos - tempo suficiente para um clique rápido e um até logo.
As redes sociais, claro, explodiram. De um lado, fãs profundamente decepcionados com o que chamaram de "monetização da paixão". Do outro, aqueles que justificam: "artistas também trabalham e merecem ser pagos". Um dilema moderno, não?
O outro lado da moeda
É importante lembrar que esses eventos raramente são idealizados pelos próprios artistas. Empresas especializadas em contratar celebridades organizam tudo - desde a logística até a tabela de preços. Richardson provavelmente recebeu uma quantia fixa para estar lá, independentemente de quantas fotos vendessem.
Mas a pergunta que fica é: até que ponto vale comercializar assim a relação com quem te sustentou todos esses anos? Os Backstreet Boys não são exatamente novatos no mercado - a banda vale milhões e seus integrantes já têm fortunas pessoais consideráveis.
O ocorrido acende um debate necessário sobre os limites da monetização fã-artista. Onde draw a linha entre ganhar a vida e explorar quem te admira? Difícil dizer, mas setecentos reais por uma selfie relâmpago parece, no mínimo, excessivo.
Resta saber se outros artistas seguirão o mesmo caminho ou se essa prática será condenada ao fracasso pela própria reação dos fãs. Uma coisa é certa: a mágoa daqueles que se sentiram traídos não tem preço.