Ela chegou, viu e venceu. Simples assim. Nana Silva, uma garota de apenas 17 anos — imagine só — acabou de colocar seu nome no mapa do tênis mundial de uma forma que ninguém vai esquecer tão cedo.
Nesta terça-feira, durante o Brasil Tennis Cup, a catarinense (que nem parece sentir a pressão) encarou a italiana Sara Errani, uma veterana com bagagem de sobra — foi top 5 do mundo, tem título de Grand Slam nas costas — e fez algo simplesmente extraordinário: venceu por 2 sets a 0, com parciais de 6-4 e 6-3.
Quem estava lá viu. Ela não só jogou. Ela impôs ritmo, mostrou repertório e, o mais importante, manteve a cabeça fria nos momentos decisivos. Algo raro para quem estreia num palco tão grande.
Um jogo de quebra de expectativas
Logo no primeiro set, Nana quebrou o saque de Errani já no segundo game. A italiana, é claro, tentou reagir — afinal, não é qualquer uma que chega onde ela chegou. Mas a brasileira… ah, a brasileira não deu mole. Manteve o serviço firme, trabalhou bem os ângulos e fechou o set em 6-4.
No segundo set, a história se repetiu, mas com ainda mais autoridade. Quebrou duas vezes seguidas, levou para 5-2 e, mesmo perdendo um game de serviço quando tentava fechar a partida, não tremeu. No game seguinte, quebrou Errani de novo e fechou a partida. Pura cold blood.
O que isso significa?
Além de ser a primeira vitória dela no circuito WTA — algo que ela mesma classificou como "um sonho" —, o triunfo coloca Nana Silva entre as promessas mais sólidas do tênis brasileiro. Alguém duvida?
Ela agora enfrenta a compatriota Laura Pigossi, que vem de uma campanha sólida — outra que não cansa de surpreender. Será um clássico nacional em solo catarinense, e algo me diz que vai valer a pena cada ponto.
Enfim... parece que o futuro do tênis feminino brasileiro está em boas raquetes. Melhor: em raquetes que sabem o que querem.
