
Era uma manhã como outra qualquer no Centro de Treinamentos do FC Porto. O sol tentava furar as nuvens típicas da cidade, enquanto os funcionários preparavam o gramado para mais um dia de trabalho. Ninguém imaginava que a rotina seria interrompida por uma tragédia.
Jorge Costa — aquele zagueiro durão que marcou época nos anos 90, o mesmo que dava pesadelos aos atacantes adversários — não resistiu a um infarto fulminante. Tinha apenas 53 anos. Parece até piada de mau gosto do destino, tirar tão cedo um cara que sempre pareceu indestrutível em campo.
O coração parou, a história ficou
Segundo relatos de quem estava lá, tudo aconteceu rápido demais. Um mal-estar, a mão no peito, o desespero dos companheiros tentando ajudar. Os médicos do clube correram, fizeram de tudo — mas às vezes a vida te lembra que não há preparo físico que vença certas batalhas.
"Ele tava tranquilo, brincando como sempre", contou um funcionário que prefere não se identificar. "De repente, virou outra história. A gente ainda não acredita."
Carreira marcante
Quem acompanhou futebol nos anos 90 e 2000 sabe: Jorge Costa era daqueles jogadores que transformava defesa em arte. Líder nato, capitão do Porto em dias gloriosos, colecionou títulos como quem junta figurinhas — incluindo uma Champions League em 2004, aquele time inesquecível do Mourinho.
- 10 temporadas no FC Porto
- Mais de 400 jogos pelo clube
- 23 títulos oficiais
- Ídolo absoluto da torcida
Depois de pendurar as chuteiras, ainda tentou a carreira de técnico — com altos e baixos, como costuma ser nesse maluco mundo do futebol. Mas no imaginário dos fãs, ele sempre será aquele zagueiro raçudo, de entradas duras (mas limpas) e comando incontestável.
Reações que mostram o legado
As redes sociais viraram um rio de homenagens. De ex-companheiros a rivais de outrora, todo mundo lembrou do "Tank" — apelido que ganhou pela força física. Até o próprio FC Porto postou uma mensagem emocionada: "Partiu um dos nossos maiores capitães. O Dragão está de luto".
E no Brasil? Bom, por aqui a notícia também pegou de surpresa. Muitos torcedores mais velhos lembraram dele nas transmissões da TV — época em que o futebol europeu chegava por aqui com certo atraso, mas com todo o encanto.
É daquelas mortes que fazem a gente parar e pensar. Um cara aparentemente saudável, que dedicou a vida ao esporte, levado por um problema cardíaco. A medicina avança, os atletas estão cada vez mais preparados, mas o coração humano ainda guarda mistérios — e às vezes, infelizmente, surpresas desagradáveis.