O Mineirão pegou fogo nesta quinta-feira — e não foi só por causa do frio de 12°C que fazia em Belo Horizonte. O Cruzeiro, com uma atuação de tirar o chapéu (ou o cachecol, considerando a temperatura), derrotou o Fluminense por 2 a 1 em um daqueles jogos que justificam o futebol brasileiro ser considerado um dos mais emocionantes do mundo.
Quem chegou atrasado perdeu: aos 7 minutos, Matheus Pereira — sim, aquele que o Corinthians deixou escapar — fez o primeiro com um chute que entrou no ângulo como faca quente na manteiga. O Fluminense, que parecia ainda dormindo no vestiário, só acordou quando o placar já estava 2 a 0, graças a um golaço de Arthur Gomes no começo do segundo tempo.
O jogo que teve de tudo
Dinizismo? Só depois do intervalo. O Fluminense melhorou com a entrada de Keno e Cano — esse duo que já salvou o time tantas vezes — mas o gol de honra veio tarde demais. A defesa do Cruzeiro, que vinha sendo criticada, fez parecer que tinha um muro no meio do campo.
- Estatística que dói: o Flu perdeu 7 dos últimos 10 jogos no Mineirão
- Curiosidade: o Cruzeiro não liderava o Brasileirão desde 2019
- Não dá pra ignorar: a torcida celeste fez 58 mil pessoas vibrarem como se fossem uma só
"A gente sabia que seria difícil, mas botou o pé no acelerador desde o início", disse o técnico do Cruzeiro, com aquela voz rouca de quem gritou os 90 minutos. Já o Diniz — sempre ele — reclamou do gramado: "Parecia um campo de várzea no segundo tempo".
E agora, José?
Com essa vitória, o Cruzeiro salta para 31 pontos e assume a liderança — pelo menos até o fim da rodada. O Fluminense, que parecia candidato ao título, agora se vê a 5 pontos do rival. Será que o time carioca vai conseguir reagir, ou essa derrota vai doer mais do que um chute de Arthur Gomes?
Uma coisa é certa: o Brasileirão 2024 promete. E se tem alguém dormindo tranquilo hoje, com certeza não é a torcida tricolor.
