
Não foi um daqueles jogos que ficam na memória. O clássico entre Corinthians e Palmeiras, no último domingo, teve mais sono que emoção — um 0 a 0 que deixou torcedores de ambos os lados bocejando. Mas, eis que surge o inesperado: o Timão parece ter acordado depois da partida.
Dentro do vestiário, segundo fontes próximas ao elenco, rolou uma conversa que mais parecia um choque de realidade. Alguns jogadores, insatisfeitos com o desempenho insosso, puxaram o assunto. "A gente tá parecendo time de meio de tabela", teria disparado um dos veteranos, sem papas na língua.
O estalo que faltava?
Parece que a ficha caiu. Nos treinos desta semana, o clima mudou: menos risadas dispersas, mais foco nos exercícios táticos. O técnico António Oliveira — que até então vinha sendo criticado pela falta de "pegada" — surpreendeu ao bancar duras cobranças. "Ou cresce, ou afunda", resumiu um auxiliar, em off.
Detalhe curioso: até os reservas, que antes pareciam conformados, agora disputam cada bola nos treinos como se fosse final de Libertadores. Alguém soltou no gramado: "Se não for pra jogar com raça, melhor abrir um boteco". A piada, meio ácida, reflete o novo ânimo.
O que esperar agora?
Próximo jogo é contra o Bahia, e a torcida já está de olho. Será que essa reviravolta interna vai se traduzir em campo? Os sinais são promissores:
- Defesa mais compacta nos treinos
- Meio-campistas criando mais jogadas
- Atacantes finalizando com mais voracidade
Mas, cá entre nós, de nada adianta treino bonito se não vier resultado. O Corinthians precisa — urgentemente — mostrar que essa "nova postura" não é só teatro. Como dizem por aí: "O diabo mora nos detalhes... e o Timão sabe bem disso".