
Quem diria, hein? A Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, aquele monumento sagrado que praticamente respira a fé de Belém, está finalmente passando por uma transformação profunda. E não é qualquer reforma — estamos falando da primeira restauração integral desde 1909. Sim, você leu certo: mais de um século esperando por esse cuidado.
Pensa só: gerações e gerações de fiéis passaram por ali, viram a pintura desbotar, as estruturas envelhecerem… e agora, finalmente, a história ganha um novo fôlego. A obra, que já começou, vai muito além do estético. É um resgate da memória, um abraço na cultura paraense.
O que será restaurado?
Tudo. E quando a gente fala tudo, é tudo mesmo. Desde a parte elétrica — que ainda lembrava os primórdios da energia no Brasil — até os vitrais, que contam histórias em pedaços de vidro colorido. A estrutura, claro, recebe atenção especial. Afinal, ninguém quer ver um símbolo desse perder o viço, não é?
Os trabalhos incluem:
- Substituição completa da rede elétrica e de iluminação
- Recuperação dos vitrais e imagens sacras
- Reforço nas estruturas de madeira e alvenaria
- Restauro detalhado da pintura interna e externa
E olha, não é só uma questão de estética. É segurança. É permanência. É garantir que nossos netos também possam rezar ali.
E o Círio? Vai mudar algo?
Calma, que ninguém vai tirar o brilho da maior festa de fé do Norte. As obras foram planejadas justamente para não interferir nas celebrações do Círio de Nazaré. Aliás, imagina só: a procissão deste ano deve ganhar um cenário ainda mais emocionante, com a basílica já em processo de renovação — um símbolo de que a fé, assim como a construção, também se refaz.
É ou não é de arrepiar?
E tem mais: toda a intervenção está sendo acompanhada por técnicos do IPHAN, porque não se mexe em um patrimônio desses sem o devido respeito à história. Cada camada de tinta removida revela um pouco mais da trajetória não só da igreja, mas de Belém.
Por fim, vale dizer: restaurar não é apenas consertar. É lembrar. É honrar. E no caso da Basílica de Nazaré, é manter viva a chama que há séculos guia milhares de pessoas. Belém merece. A fé agradece.