No coração do São João da Paraíba, um instrumento tradicional ganha vida nas mãos de Luizinho Calixto. O fole de oito baixos, símbolo da cultura nordestina, é preservado com dedicação pelo músico, que vê no resgate desse patrimônio uma missão pessoal e cultural.
"Resgatar o fole é dar continuidade ao trabalho dos mestres que vieram antes de mim", afirma Calixto, emocionado. O instrumento, essencial no forró pé-de-serra, corre o risco de desaparecer com o avanço dos sons eletrônicos e modernos.
A tradição que resiste
Luizinho Calixto não apenas toca o fole de oito baixos, mas também ensina jovens interessados em manter viva essa herança musical. Sua oficina, em João Pessoa, virou ponto de encontro para quem quer aprender os segredos do instrumento.
"Muitos nem conhecem o fole, mas quando escutam, se encantam", diz ele. A sonoridade única do instrumento, que lembra o balanço do forró tradicional, cativa até os mais jovens.
O futuro do fole
Para Calixto, o desafio vai além de manter o instrumento vivo. É preciso modernizar sem perder a essência. Ele já pensa em projetos que unam o fole a outros ritmos, mostrando sua versatilidade.
"O fole tem história, mas também tem futuro", defende o músico. Com workshops e apresentações marcadas para o São João 2025, Luizinho espera inspirar uma nova geração de folheiros na Paraíba.
