
Quem diria que um simples traço no papel poderia contar tantas histórias? Em Belém, uma exposição está fazendo justamente isso — unindo passado e presente através do desenho. E olha que não é qualquer mostra: estamos falando de um verdadeiro mergulho na produção artística paraense, daquelas que dão arrepios de tão autênticas.
Do modernismo pra frente: a linha do tempo da arte local
Desde aqueles tempos dos pioneiros modernistas — que ousaram repensar a estética brasileira — até as ousadias dos artistas de hoje em dia, a exposição faz um percurso que é quase uma viagem no tempo. Dá pra ver claramente como cada geração foi deixando sua marca, sabe?
E não é só técnica que importa aqui. Tem toda uma carga emocional por trás desses trabalhos — alguns cheios de referências à cultura amazônica, outros questionando nosso lugar no mundo contemporâneo. Arte que fala, literalmente.
O que esperar da mostra?
- Mais de 50 obras selecionadas a dedo
- Nomes consagrados ao lado de revelações
- Técnicas variadas — do nanquim ao digital
- Um panorama completo da produção regional
O curador da exposição — um cara que entende do riscado — me contou que o desafio foi justamente equilibrar o histórico com o contemporâneo. "Não queríamos uma aula de história da arte, mas sim algo vivo, que dialogasse com o presente", explicou, enquanto ajustava um quadro que teimava em ficar torto.
E pra quem acha que desenho é coisa do passado, a mostra prova o contrário. Tem trabalhos que usam desde técnicas tradicionais até experimentações com realidade aumentada — sim, arte paraense pode ser high-tech também!
Por que essa exposição é especial?
Numa época em que tudo parece efêmero, ver a persistência do traço manual — mesmo nas obras mais tecnológicas — é quase um ato de resistência. A mostra consegue o raro feito de ser ao mesmo tempo um registro histórico e um termômetro do que está fervendo nos ateliês da região.
Ah, e detalhe: várias obras nunca tinham sido exibidas ao público antes. É como descobrir um tesouro que estava escondido bem debaixo do nosso nariz — coisa que só Belém, com sua veia cultural pulsante, poderia proporcionar.
Quer minha opinião? Vale cada minuto. Até quem "não entende nada de arte" vai sair de lá com os olhos brilhando — prometo.