
Foi um daqueles jogos que você não tira os olhos da tela nem por um segundo, mas não exatamente pela qualidade do futebol em si. A Argentina até levou a melhor, um 1 a zero simples, mas a história mesmo foi escrita nas arquibancadas e no gramado do Estádio Rodrigo Paz Delgado. Um verdadeiro caldeirão em alta altitude.
Logo de cara, a coisa ficou feia. Uma baita confusão generalizada entre a torcida do Equador e… bom, parece que era entre eles mesmos. A aglomeração num setor específico do estádio virou um pandemônio, com direito a correria e um clima pesadíssimo. Não demorou muito para que a polícia precisasse intervir, e não foi de forma branda. Um verdadeiro horror para os organizadores.
E como se não bastasse o tumulto nas cadeiras, o gramado também foi invadido. Mais de uma vez! Um grupo de "fãs" simplesmente decidiu pular a grade para tentar chegar perto dos ídolos argentinos, parando o jogo por bons minutos. Uma cena lamentável, pra ser sincero.
E no meio disso tudo, Messi
Enquanto o caos se instalava, Lionel Messi tentava fazer o que sabe: jogar futebol. Mas até para o gênio a noite foi esquisita. Aos 33 minutos do primeiro tempo, uma falta dura do equatorinho Alan Franco. Messi cai, e a reação dele foi… bem, foi uma reação. Um empurrãozinho, nada muito violento, mas o suficiente para o árbitro brasileiro Wilton Sampaio correr para o lugar e mostrar cartão vermelho direto para o camisa 10.
Inacreditável? Pois é. A expulsão foi tão absurda que até os comentaristas mais neutros caíram de paraquedas em críticas. Uma decisão dura, para não dizer outra coisa. A transmissão da Veja não poupou adjetivos para definir o momento como um exagero total do juiz.
O Gol e a Reação Tardia
Com um homem a mais em campo, o Equador pressionou. Teve posse de bola, teve chance, mas não teve a pontaria. A Argentina, mesmo com um a menos, mostrou a sua categoria. Aos 13 da etapa final, Angel Di María, que havia entrado no intervalo, cruzou na medida para Cristian Romero desviar de cabeça e mandar para as redes. Gol contra a corrente do jogo, contra a lógica… mas futebol é isso.
O Equador ainda teve uma chance clara de empatar no último minuto, mas o goleiro Emiliano Martínez — que mais uma vez foi decisivo — fez uma defesa daquelas para salvar. Fechou a porteira.
No fim, os três pontos ficaram com os visitantes, mas o gosto é amargo. A atuação da arbitragem, a violência da torcida e a expulsão de Messi são o que vão ficar na memória. Um jogo que tinha tudo para ser uma grande festa do futebol sul-americano e terminou como um exemplo de tudo que não deve ser.