Era um daqueles dias que ficam marcados na memória. O sol batia forte na Neo Química Arena, mas o calor mesmo vinha das arquibancadas — uma mistura de saudade e curiosidade. Cassio, aquele gigante de luvas que defendeu o Corinthians por mais de uma década, agora vestia azul. E não qualquer azul: o do Cruzeiro.
Quem diria, né? O herói de 2012, aquele que levantou a taça da Libertadores com as mãos sujas de luta, agora estreava como titular no mesmo gramado... mas pelo time mineiro. A vida dá voltas mais imprevisíveis que dribles de Neymar.
Um reencontro cheio de emoção
O estádio parecia dividido. De um lado, corinthianos que não sabiam se aplaudiam ou ficavam quietos. Do outro, cruzeirenses animados com o novo reforço. E no meio, Cassio — profissional como sempre, mas com um brilho diferente nos olhos.
"É estranho, mas faz parte", disse um torcedor corintiano, esfregando as mãos nervosamente. "Ele merece tudo, mas ver ele ali do outro lado... dói um pouco."
Jogo tenso, goleiro seguro
O jogo não foi nenhuma obra-prima do futebol — esses clássicos raramente são. Mas Cassio mostrou porque ainda é um dos melhores. Defesa aqui, saída acolá, e aquele jeitão de quem comanda a área como se fosse seu quintal.
- Três defesas importantes no primeiro tempo
- Quase 90% de acerto nos passes (olha a modernidade do homem!)
- Aquele jeito inconfundível de organizar a defesa
No final, o jogo terminou empatado. Justo, talvez. Ninguém saiu perdendo — nem os times, nem o futebol, e muito menos Cassio, que provou mais uma vez ser um gigante entre as traves... não importa qual camisa vista.
