
Salvador já respira futebol, e não é só por causa dos homens. O Bahia Feminino está com tudo pronto para entrar em campo no dia 24 de agosto, marcando a estreia no Campeonato Baiano. E olha, a vibe é de quem não veio pra brincadeira: o time quer nada menos que o hexa.
Depois de uma temporada de preparação intensa — treinos que iam do nascer ao pôr do sol, jogos-treino que deixaram até os torcedores mais exigentes de queixo caído —, as meninas chegam com sangue nos olhos. "A gente sabe que não vai ser moleza", admitiu a capitã em um papo rápido depois do treino, "mas tá com aquele feeling bom, sabe?"
O elenco que promete fazer barulho
O técnico, que prefere ficar nos bastidores mas não esconde o otimismo, montou um time que mistura experiência e juventude. Tem desde as veteranas que já levantaram taça (e sabem o gosto do suor vitorioso) até as novatas que chegaram com fama de "quebradoras de esquemas".
- No ataque: Duas jogadoras que, quando se entendem em campo, parecem ter telepatia. Juntas, marcaram 15 gols na última competição.
- No meio: Uma volante que joga como se tivesse três pulmões e uma camisa 10 com visão de jogo que até os comentaristas se rendem.
- Na defesa: A zagueira que os adversários já apelidaram de "muralha" e uma lateral que corre como gazela — mas chuta como cavalo.
E o goleiro? Ah, aí é história pra contar. A arqueira, que veio de um time do interior, já salvou o Bahia em pelo menos três jogos decisivos no ano passado. "Quando ela tá inspirada", brincou uma companheira de time, "é melhor pedir arrego".
A torcida: o 12º jogador
Se tem uma coisa que não falta é apoio. A Fonte Nova promete ficar pequena no dia da estreia, com ingressos esgotados há duas semanas. "A galera abraçou mesmo o time feminino", comenta um torcedor veterano, que não perde um jogo desde 2019. "Antes a gente ia um grupinho, agora é família toda, é galera pintando o rosto, é bandeira gigante..."
E não é só no estádio. Nas redes sociais, a hashtag #BahiaPeloHexa já viralizou, com memes (claro), vídeos de treinos vazados (que o clube finge que não vê) e até uma corrente de oração organizada por torcedoras. Sim, futebol também é religião na Bahia.
O caminho até o título
O calendário não será fácil — quando é, né? Logo na primeira fase, o Bahia encara o rival regional em um clássico que promete fogo. Depois, tem a chave com times que investiram pesado no elenco. Mas o técnico, num raro momento de descontração, soltou: "Time que é time joga até em pista de skate se precisar".
Se tudo der certo — e a torcida já está até escolhendo o lugar na estante pra taça —, o hexa pode ser conquistado em casa, no início de novembro. Mas, como diz o ditado no vestiário: "Um jogo de cada vez, porque bola rolando é um negócio imprevisível".