Ancelotti é taxativo: 'Não existe outro Casemiro no mundo' e revela planos para o Real Madrid
Ancelotti: 'Não existe outro Casemiro no mundo'

Parece que o mundo do futebol finalmente acordou para o óbvio ululante: tem coisas que não se compram nem com todo o dinheiro do planeta. E Carlo Ancelotti, num daqueles momentos de clareza brutal que só os grandes mestres têm, jogou a verdade na mesa sem papas na língua.

«Procurar outro Casemiro?» – ele repete a pergunta, quase como se fosse uma piada. «Esquece. Não existe. Ponto final.» A frase ecoa no ambiente com a força de um soco no estômago. Que dirá para a torcida madridista, que viu o brasileiro se tornar uma lenda viva naquela posição.

O italiano, com aquela calma que só decades de beira de campo proporcionam, não está nem um pouco preocupado em disfarçar a realidade. Pelo contrário. Ele abraça a falta do jogador com a honestidade de quem sabe que certos buracos são simplesmente impossíveis de tapar completamente.

O Legado de uma Lenda e o Desafio que Fica

Como substituir um cara que era, ao mesmo tempo, um escudo humano, um iniciador de jogadas e um líder de vestiário? Você não substitui. Você se adapta. E é exatamente isso que o Real Madrid fará.

Ancelotti deu uma pista preciosa sobre o futuro: a solução não virá de um nome só, mas de uma combinação de peças. Ele mencionou dois jovens que carregam nas costas expectativas enormes: Aurélien Tchouaméni, a nova aquisição milionária, e Eduardo Camavinga, a joia francesa de energia aparentemente inesgotável.

«São perfis diferentes», ele admite, traçando um comparativo que é, no mínimo, fascinante. «O Tchouaméni joga mais preso, é mais posicional. Já o Camavinga… esse moleque tem uma mobilidade absurda, aparece em todo lado.» A ideia, parece, é usar essa dualidade como uma vantagem tática, e não como uma fraqueza.

Uma Nova Fórmula para um Time em Transformação

O que mais chama atenção é a serenidade do comandante. Não há pânico, não há drama. Há, isso sim, a quieta confiança de um arquiteto que sabe que tem bons materiais para trabalhar e está rearrumando a planta da casa.

Ele até soltou uma que, no fundo, soou quase como uma provocação inteligente: «Às vezes, podemos jogar sem um volante 'clássico'». A afirmação é ousada. Arriscada. E, vindo dele, pode ser também genial. Será que veremos um Madrid com um meio-campo mais fluido, menos dependente daquele destruidor clássico?

Uma coisa é certa: a era pós-Casemiro já começou no Bernabéu. E ela será moldada não por um único herdeiro, mas por um coletivo. O recado de Ancelotti não poderia ser mais claro: a lenda é insubstituível, mas o show… ah, o show tem que continuar.