Uma jornada sensorial pela floresta amazônica está conquistando São Paulo, e quem guia esta experiência são os verdadeiros guardiões do território: descendentes do povo Mura. Na Galeria MuBE, até 28 de julho, a exposição "Amazônia: Chamado Ancestral" oferece uma imersão profunda na maior floresta tropical do mundo.
Arte como Ponte entre Mundos
O que torna esta exposição única é a liderança indígena em todo o processo criativo. Jovens descendentes dos Mura não apenas participaram, mas conduziram a concepção artística, garantindo autenticidade e respeito às tradições seculares de seu povo.
"Não se trata apenas de mostrar a Amazônia, mas de permitir que a Amazônia fale por si mesma através de nós", explica um dos coordenadores indígenas do projeto.
Uma Experiência Multissensorial
Os visitantes são convidados a:
- Adentrar ambientes que recriam sons noturnos da floresta
- Experimentar projeções mapeadas que contam mitos Mura
- Conhecer padrões gráficos tradicionais transformados em arte digital
- Vivenciar instalações que refletem a conexão espiritual com a natureza
Tecnologia a Serviço da Tradição
A curadoria tecnológica, assinada por VJ Suave, utiliza recursos de ponta para amplificar vozes que historicamente foram silenciadas. "Usamos a inovação não como fim, mas como meio para transmitir conhecimentos ancestrais", complementa o coletivo.
Um Marco na Representação Indígena
Esta iniciativa representa mais que uma exposição - é um marco na autorrepresentação dos povos originários no cenário artístico nacional. Ao colocar indígenas no comando criativo, o projeto desafia narrativas tradicionais e oferece uma perspectiva genuína sobre a relação entre humanos e natureza.
Serviço:
"Amazônia: Chamado Ancestral"
Galeria MuBE - São Paulo
Até 28 de julho
Entrada gratuita