Adenilde Petrina: A voz do movimento negro que ecoa em Juiz de Fora
Adenilde Petrina: voz do movimento negro em JF

A história de Juiz de Fora ganha um capítulo especial com a vida e legado de Adenilde Petrina, uma mulher cuja trajetória se confunde com a própria luta por igualdade racial na Zona da Mata mineira. Mais do que uma professora ou radialista, ela era referência viva do movimento negro na região.

Uma educadora além da sala de aula

Nascida em 20 de maio de 1946, Adenilde dedicou sua vida à educação, mas sua atuação extrapolava os muros das escolas. Como professora, entendia que ensinar era também empoderar, especialmente jovens negros que buscavam seu lugar em uma sociedade ainda marcada pela desigualdade.

No ar: uma voz pela conscientização

Seu trabalho nas rádios locais transformou-se em ferramenta poderosa de conscientização. Nos programas que comandava, Adenilde dava voz às causas raciais e discutia temas que raramente encontravam espaço na mídia tradicional da época.

Pioneirismo e representatividade

Num tempo onde poucas mulheres negras alcançavam espaços de destaque na comunicação, ela quebrou barreiras e mostrou que era possível ocupar lugares de fala e influência.

O ativismo como missão de vida

Seu envolvimento com o movimento negro não era secundário - era parte fundamental de sua identidade. Adenilde organizava eventos, participava de debates e mobilizava a comunidade em torno das pautas antirracistas, sempre com elegância e firmeza.

Legado que permanece

Apesar de sua partida, o trabalho de Adenilde Petrina continua vivo através das muitas vidas que tocou. Sua história serve como inspiração para novas gerações de ativistas e educadores que seguem lutando por uma sociedade mais justa e igualitária.

Juiz de Fora lembra e celebra esta mulher extraordinária que, através da educação e da comunicação, plantou sementes de transformação que continuam frutificando.