
Quem disse que fazer compras não pode mudar o mundo? Em Feira de Santana, um bazar está provando que sim — e de um jeito que vai te surpreender. Não é aquela feirinha qualquer: cada peça vendida vira esperança para quem mais precisa.
O que tá rolando?
Desde ontem (26), o ginásio do bairro Kalilândia virou um verdadeiro reduto de solidariedade. Roupas, calçados, eletrodomésticos — tudo doado pela comunidade — estão sendo vendidos a preços simbólicos. Mas o pulo do gato? Todo o dinheiro arrecadado vai direto para três instituições locais que trabalham com crianças e idosos em situação de vulnerabilidade.
"A gente recebe doação o ano inteiro, mas esse bazar é diferente", conta Maria do Carmo, uma das organizadoras, enquanto arruma uma pilha de camisas. "É quando a cidade inteira se junta, sabe?" E olha que ela não tá exagerando: no primeiro dia, já passaram por lá mais de 300 pessoas.
Como participar?
- Doe: Até sábado (27), você pode levar itens em bom estado na sede do evento
- Compre: Os preços são simbólicos — uma calça jeans por R$ 15? Só lá!
- Divulgue: Espalhe a notícia nas redes sociais e chame os amigos
Ah, e tem detalhe que faz diferença: os voluntários — uns 20 no total — trabalham de graça. "É cansativo? É. Mas quando você vê o sorriso das crianças que vamos ajudar, vale cada minuto", diz João Pedro, estudante que passou a madrugada organizando as doações.
Por que isso importa?
Numa época em que todo mundo reclama que "ninguém faz mais nada pelo próximo", Feira de Santana mostra que solidariedade não é coisa do passado. As instituições beneficiadas — Casa do Menor, Lar dos Idosos São Francisco e Projeto Renascer — dependem quase que exclusivamente de doações para funcionar.
"Ano passado, com o dinheiro do bazar, conseguimos comprar remédios para seis meses", revela Dona Marta, coordenadora do lar de idosos. Esse ano, a meta é ainda mais ousada: reformar o telhado que vive pingando no inverno.
O evento vai até as 18h de hoje, mas já tem gente perguntando quando será o próximo. "Se depender da vontade do povo", brinca Maria do Carmo, "vamos fazer um por mês!". Quem sabe não inspira outras cidades a seguirem o exemplo?