James Gunn revela o verdadeiro motivo por trás do fracasso de Superman fora dos EUA
James Gunn revela por que Superman fracassou fora dos EUA

Numa revelação que deixou fãs e críticos coçando a cabeça, James Gunn — o controverso e genial diretor por trás dos novos rumos da DC — soltou o verbo sobre o desempenho morno do Homem de Aço além das fronteiras americanas. E a culpa, pasmem, não é dos efeitos especiais ou do roteiro.

"Superman é um símbolo demais americano", disparou Gunn durante uma entrevista descontraída que mais parecia uma aula de antropologia pop. "Quando você tenta exportar esse ideal para culturas que nunca tiveram seu 'sonho americano'... bem, o resultado é como tentar vender churrasco gaúcho em Tóquio."

O dilema do herói global

Os números não mentem: enquanto nos EUA o último filme do kryptoniano arrecadou US$ 180 milhões, na Ásia mal chegou a US$ 30 milhões. E olha que nem estamos falando da China, onde o herói sequer passou pela censura.

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Gunn, que está retrabalhando o personagem para seu novo filme, parece ter entendido a lição. "Precisamos manter a essência, mas deixar espaço para outras interpretações", refletiu, enquanto ajustava seu boné de baseball — detalhe que não passa despercebido.

E agora, José?

O desafio é enorme. Como reinventar um ícone de 85 anos sem alienar os fãs hardcore? A receita de Gunn tem três ingredientes:

  1. Menos bandeira: reduzir o ufanismo tipicamente yankee
  2. Mais humanidade: explorar dilemas universais além de socos
  3. Toques locais: cenas filmadas no Brasil e na Índia

Resta saber se essa abordagem vai agradar aos executivos da Warner — que, entre nós, sempre preferiram números a nuances culturais. Enquanto isso, fica a dúvida: será que o cinema de heróis ainda tem espaço para nacionalismos em plena era do streaming?