
O sol da tarde parecia se despedir junto com os fãs. Sob um céu que misturava tons de saudade e respeito, o corpo de Preta Gil chegou ao local onde seria cremado. E não poderia ser de outro jeito: a trilha sonora era "Drão", música icônica do pai dela, Gilberto Gil. Quem estava lá garante que até o vento parou por uns instantes.
Nada de silêncio absoluto — a voz de Gil ecoava como um abraço póstumo. Familiares, amigos próximos e alguns fãs sortudos (sim, havia alguns) acompanhavam tudo com flores e lágrimas. A cena tinha algo de cinematográfico, mas era pura vida, ou melhor, pura despedida.
Detalhes que marcaram o momento
- O caixão, simples e coberto de flores brancas, refletia o estilo despojado da artista.
- Ninguém usava preto — ela mesma tinha pedido cores vibrantes em seu testamento.
- Um violão de cordas de nylon tocava ao fundo, quase em dueto com a gravação.
Não foi um adeus comum. Quem conhecia Preta sabe que ela detestaria qualquer coisa óbvia. E, cá entre nós, até na despedida ela arrasou. O ritual seguiu sem discursos longos — apenas música e alguns minutos de silêncio que falaram mais que mil palavras.
"Ela sempre disse que a vida devia ser celebrada, não chorada", comentou uma amiga de infância, enquanto ajustava um girassol no próprio cabelo. E foi assim: com a leveza de quem sabe que o fim é só outro tipo de começo.