Raphael Montes vs Censura: Autor Desmonta Polêmica da Classificação Indicativa em Livros
Raphael Montes: Classificação em livros não é censura

Em um debate que promete aquecer os círculos literários brasileiros, o aclamado autor Raphael Montes se posicionou de forma contundente sobre um dos temas mais sensíveis do mercado editorial: a classificação indicativa em livros. Em entrevista exclusiva à coluna Veja Gente, o escritor traçou uma linha clara entre orientação ao leitor e práticas censórias.

O Limite Tênue Entre Orientação e Censura

Montes, conhecido por suas obras que frequentemente exploram temas complexos e atmosferas sombrias, argumenta que existe uma diferença fundamental entre classificar conteúdo e restringir o acesso à literatura. "A classificação indicativa deve servir como guia, não como barreira", defende o autor.

Segundo ele, o verdadeiro perigo reside na confusão entre esses dois conceitos. "Quando começamos a tratar a classificação como mecanismo de controle, estamos dando um passo perigoso em direção à censura", alerta Montes, cuja trajetória literária inclui best-sellers que desafiam convenções.

O Papel da Literatura na Sociedade

O escritor enfatiza que a literatura sempre foi um espaço de confronto com ideias complexas e que proteger os leitores de certos conteúdos significa privá-los de experiências transformadoras. "Os livros existem para nos fazer pensar, questionar e, às vezes, sentir desconforto", reflete.

Montes destaca que, em vez de restrições, o que a sociedade precisa é de mais diálogo e orientação qualificada. "Pais e educadores devem ser os verdadeiros guias na formação de leitores, não etiquetas que limitam o acesso ao conhecimento", propõe.

Um Alerta Para o Futuro da Literatura

O autor expressa preocupação com tendências que podem comprometer a liberdade criativa no Brasil. "Precisamos vigiar constantemente para que instrumentos bem-intencionados não se transformem em ferramentas de controle", adverte.

Para Montes, a discussão sobre classificação indicativa reflete um debate mais amplo sobre como a sociedade lida com a arte e a expressão criativa. "Estamos definindo que tipo de país queremos ser em relação à cultura e ao pensamento crítico", conclui, deixando uma provocação que certamente ecoará beyond das páginas dos livros.